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Arcebispo do Rio pretende usar modelo de gestão empresarial em sua igreja
DA SUCURSAL DO RIO
O novo arcebispo do Rio de
Janeiro, d. Orani João Tempesta, 58, vai assumir no dia 19
com o objetivo de implantar
uma gestão de estilo empresarial na igreja da região.
Escolhido pelo papa Bento
16 e anunciado em fevereiro,
d. Orani enfatizou ontem e
anteontem, no Rio, o conceito
de gestão e usou termos empresariais como "metas de
curto, médio e longo prazo".
A arquidiocese enfrenta crise financeira e está, desde
2008, sob auditoria da Fundação Getúlio Vargas, que já resultou em demissões. A assessoria afirmou que as contas
estão saneadas. D. Orani rejeitou, porém, estar tomando
ferramentas emprestadas dos
homens de negócios para comandar a arquidiocese.
"O que os empresários tentam fazer, a igreja tem como
plano de pastoral, antes de
existir essa questão de marketing e empresa. A igreja tem
tradição de fazer planos de
pastoral, orientação e objetivos", explicou.
O novo arcebispo nega que
vá revolucionar a arquidiocese. "Na igreja, não tem essa
questão de chegar e mudar tudo. Cada um contribui com
sua a parcela."
Mas d. Orani quer mudanças. Para ele, a Campanha da
Fraternidade não deve se limitar a evangelizar e a fazer
programas sociais. "A Campanha da Fraternidade deve
chegar a projetos de curto,
médio e longo prazos, para toda a sociedade encontrar o caminho. É uma outra ótica."
Sobre a perda de fiéis para
igrejas evangélicas, d. Orani
culpou a própria igreja e o o
"proselitismo" de outras denominações, sem citar nomes.
"Sabemos que grande parte
dos católicos não teve boa formação, sólida, naquilo que deviam ter. (...) Cabe a nós formar bem os nossos católicos."
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