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Padilha disse que ficará no ministério
SANDRA HAHN e
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, disse ontem à tarde em Porto Alegre (RS) que irá permanecer no cargo. Padilha desistiu de tentar a reeleição como deputado federal pelo PMDB gaúcho.
Para justificar a decisão, o ministro declarou que "o projeto nacional" se sobrepõe ao seu "projeto pessoal".
O ministro recebeu um pedido do presidente Fernando Henrique Cardoso para permanecer no cargo no dia 21 de março.
O prestígio de Padilha junto ao Palácio do Planalto aumentou depois da convenção do PMDB, realizada no dia 8 de março, que definiu o apoio da legenda à candidatura de FHC à reeleição. O ministro trabalhou para convencer os colegas de partido a apoiarem o presidente.
Antes disso, no ano passado, Padilha tinha sido um dos articuladores da aprovação da emenda que deu a FHC o direito de tentar a reeleição.
O governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto (PMDB), disse ao ministro que era importante para o Estado ter um gaúcho na pasta dos Transportes.
Antes de Padilha, a função tinha sido desempenhada por dois gaúchos filiados ao PMDB: Odacir Klein e Alcides Saldanha.
"Como amigo, eu acho que você deve concorrer (a deputado), porque político não vive sem mandato. Como governador, quero que você fique no ministério", disse Britto a Padilha.
Em fevereiro passado, Padilha afirmou durante um discurso em Bom Jesus (RS) que sua prioridade eram as obras do ministério no Rio Grande do Sul.
Segundo ele, políticos gaúchos que ocuparam cargos no primeiro escalão do governo federal tinham "vergonha" de favorecer o Estado. "Eu não quero saber se vão falar mal ou falar bem. Vamos primeiro olhar para a nossa terra", declarou.
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