São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2004 |
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PAINEL Segundo tempo Aliados de José Sarney arregaçaram as mangas na tentativa de salvar a emenda que permite reeleger os presidentes do Senado e da Câmara. Calculam já ter revertido 6 dos 13 votos da bancada do PT, que havia fechado questão contra o projeto. Direito dele Na contramão do que alega seu colega de PMDB Renan Calheiros, Sarney assevera jamais ter participado de acordo pelo qual o alagoano o sucederia no Senado. Mas ressalva que, se houve acerto direto com o Planalto, Renan deve cobrar. "Eu me solidarizo com ele." Tô fora José Dirceu pode até acalentar a idéia de voltar à Câmara como presidente, mas jura não trabalhar contra a emenda da reeleição. O chefe da Casa Civil alega já ter problemas demais para arrumar encrenca também com Sarney e João Paulo Cunha. Serviços a prestar No Planalto, comenta-se que Renan Calheiros, em vez de obstruir votações, deveria tentar mostrar-se mais útil ao governo, se espera mesmo obter apoio a seu plano de presidir o Senado. Carta na manga Um nome circula entre desafetos de Renan para o caso de naufrágio da emenda da reeleição: o do tucano Tasso Jereissati (CE), aliado de Sarney na disposição para aprovar o projeto. Texto repaginado A MP que fechou os bingos não sairá do Senado como chegou da Câmara. Haverá ao menos uma abertura para discutir a regulamentação no futuro. Existe até quem pretenda limitar a proibição ao bingo eletrônico. Não dar corda A cúpula petista orientou seus comandados a não rebater as críticas de Roberto Requião ao governo Lula. Dentro do possível, quer deixar o governador do Paraná falando sozinho. Governo demarcado 1 A demarcação das reservas indígenas não divide apenas território, mas também o governo. O lado dos que defendem a demarcação contínua, formado pelos ministros Marina Silva, Miguel Rossetto e Márcio Thomaz Bastos, ganhou recentemente o reforço de Luiz Dulci. Governo demarcado 2 O time dos que trabalham por uma demarcação de reservas indígenas que preserve, entre outros pontos, o perímetro de cidades está escalado com os ministros José Dirceu, José Viegas e Aldo Rebelo, além do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix. Calendário oficial Lula não tem viagem marcada a Salvador em 13 de maio, ao contrário do que imaginavam militantes de movimentos negros da cidade. Havia sido cogitada uma visita do presidente no dia 7, mas a idéia não vingou. Bicada de tucano Do deputado estadual Edson Aparecido, fiel escudeiro de Geraldo Alckmin, sobre críticas da Central Única dos Trabalhadores à administração estadual: "A CUT é uma estatal do peleguismo. Usa dinheiro público para bajular o governo em detrimento do interesse do trabalhador". Meio a meio O PSB-SP foi salomônico no programa que irá ao ar hoje. A primeira metade é assinada por produtora ligada ao presidente estadual do partido, Marcio França. A outra, por Chico Malfitani, ex-marqueteiro petista e atual de William Dib, que busca a reeleição em São Bernardo. Fumaça branca Após encontro hoje entre Arnaldo Faria de Sá e Ricardo Izar, o PTB de São Paulo anunciará o nome de seu candidato a prefeito da capital. Será Arnaldo. TIROTEIO De José Carlos Aleluia (BA), líder do PFL na Câmara, sobre Lula ter afirmado que falhou na concepção do programa Primeiro Emprego por ter raciocinado "como sindicalista": -O presidente deveria admitir que não ouviu os "especialistas" que apareciam no programa de televisão do PT durante a campanha. Aqueles que, segundo a marquetagem, garantiriam o sucesso do governo Lula. CONTRAPONTO Insulto telegráfico
A campanha Diretas-Já, que
mobilizou o país entre 1983 e
1984, alimentou paixões e ódios
entre os políticos. Quando a
emenda Dante de Oliveira foi
derrotada, o deputado estadual
José Yunes, do PMDB paulista,
antimalufista e militante da
campanha, decidiu vingar-se
dos parlamentares do Estado
que votaram contra o projeto. |
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