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Sede do STJ teve suspeita de irregularidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma inspeção extraordinária
do TCU (Tribunal de Contas da
União) realizada no final de 1993
identificou várias irregularidades
na construção da sede do STJ (Superior Tribunal de Justiça), pela
construtora OAS, e levantou a
suspeita de superfaturamento.
Sob alegação de "exiguidade de
tempo", a primeira etapa dos serviços fora aprovada sem um projeto básico, como manda a lei.
O projeto inicial sofreu alterações. Foi construído um segundo
bloco para gabinetes dos ministros (o tribunal tem 66 gabinetes e
opera com apenas 33 ministros).
O TCU constatou aditamentos
(acréscimos) ilegais, pagamentos
de despesas indiretas com taxas
de administração embutidas e a
subcontratação de equipamentos
e serviços sem licitação.
O Ministério Público que atua
no TCU inicialmente entendeu
que teria havido "enriquecimento
sem causa da empreiteira" e propôs que fosse pedida "a devolução
dos valores indevidos".
A OAS forneceu um parecer do
professor Adilson de Abreu Dallari e um levantamento de preços
feito por consultoria privada. Dallari afirmou que a "licitação foi
feita não a partir daquilo que a legislação considera como projeto
básico, mas, sim, a partir de um
esboço, de um pré-projeto".
O Ministério Público mudou
sua posição e dispensou as diligências. O relator, ministro Carlos
Átila Álvares da Silva, aceitou a
alegação de "complexidade e peculiaridades da obra". As contas
foram aprovadas pelo TCU.
(FV)
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