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Painel
Renata Lo Prete
@ - painel@uol.com.br
Casamento forçado
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio
Mercadante, e a ex-prefeita Marta Suplicy devem se
encontrar na próxima terça-feira à noite para tentar
selar o fim da beligerância entre os dois grupos.
O presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, abriu
a reunião da executiva estadual ontem com um alerta:
se os petistas não pararem de brigar, a sigla corre o risco de ver confirmada a previsão de redução significativa de suas bancadas. Para aplacar os ânimos, as funções na campanha serão divididas entre aliados do
candidato e da ex-prefeita. Além disso, realizações da
gestão de Marta na prefeitura serão incorporadas como propostas ao plano de governo de Mercadante.
TV MST. João Pedro Stedile teve todo o tempo do mundo, ao vivo e sem cortes, na TV
Câmara esta semana. Em debate sobre direitos humanos,
o líder do MST falou por uma
hora e meia e defendeu a reeleição do presidente Lula.
Talk show. Embalado,
Stedile disse que Palocci "já
foi tarde" e que os banqueiros
"foram os que mais ganharam" no primeiro mandato de
Lula. Mas o segundo, acredita
ele, "talvez seja diferente".
Aprovado. Os pefelistas
elogiavam ontem o novo estilo durão de Geraldo Alckmin.
E notaram que o tucano usou
o adjetivo "omisso" para se referir a Lula. É fruto de pesquisas qualitativas, que imputam
esse defeito ao presidente.
O céu também. Os governistas do PMDB prometeram a Lula pouso em 14 palanques do partido Brasil afora,
ainda que peemedebistas e
petistas estejam em lados
opostos nas disputas locais.
Cozinhando. A Executiva
do PSB se reúne na quarta para discutir a aliança com Lula.
A cúpula do partido, porém,
vai tentar adiar a decisão por
algumas semanas para tentar
contornar resistências em Estados como São Paulo.
Arautos. Em conversas com
o PFL e o PPS, Tasso Jereissati e Sérgio Guerra, comandantes da campanha de Alckmin,
disseram que o melhor para a
aliança seria a desistência de
Eduardo Paes na disputa pelo
governo do Rio. Resta saber
quem vai falar com ele.
Lua-de-mel. Antes inimigos, Jorge Bornhausen e Roberto Freire agora tocam de
ouvido. Tanto que o presidente do PFL articula para que o
partido, se for preciso, abandone o PSDB no Paraná para
apoiar Rubens Bueno, do PPS.
Ventilador. A declaração
do presidente do PSDB paulistano, Tião Farias, de que "é
um problema votar em Orestes Quércia", minou as pretensões de José Serra. O candidato ao governo esperava
fechar acordo com o peemedebista na semana que vem.
Pano quente. Sidney Beraldo, presidente estadual da
sigla, correu para apagar o fogo e tentar garantir o ex-governador, cortejado também
pelos petistas, como candidato ao Senado na chapa tucana:
"Se efetivada a aliança, Quércia terá todo apoio do PSDB".
Menina dos olhos. Nem
a linha 4 do Metrô, nem o Instituto da Mulher. A obra que
mais tem tomado o tempo do
governador de São Paulo,
Cláudio Lembo, é a reforma
do auditório do Palácio dos
Bandeirantes, que o pefelista
faz questão de visitar pelo menos uma vez por dia.
Filosofia. Ex-PM, o novo
secretário da Administração
Penitenciária paulista, Antônio Ferreira Pinto, defende
que promotores tenham treinamento com militares antes
de exercerem a função.
Visita à Folha. Ricardo
Knoepfelmacher, presidente
da Brasil Telecom, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Rui Xavier, diretor de comunicação, e de
Agostinho Gaspar, presidente
da Gaspar e Associados Comunicação Empresarial.
Tiroteio
O Estado brasileiro virou um torneio de
patifaria. Cabe ao Judiciário se contrapor a isso e
tornar a Lei Penal eficaz.
Do procurador regional da República ALEXANDRE CAMANHO , responsável pela investigação dos municípios na Operação Sanguessuga, sobre a necessidade de impedir que envolvidos em corrupção não protelem as investigações na Justiça.
Contraponto
Fiel escudeiro
Logo depois de ter sido apontado como um dos envolvidos na Operação Sanguessuga, o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna, foi abordado por um garçom da Casa:
-Senador, por sua causa fui suspenso 15 dias na minha
faculdade.
Suassuna perguntou o que havia acontecido.
-Um cidadão lá falou mal do senhor. Eu disse: "Ele é
direito". Ele insistiu. Então, eu meti a mão na cara dele.
No dia seguinte, o peemedebista entregou uma gravata
ao funcionário em sinal de agradecimento.
-Obrigado por me defender, mas da próxima vez não
precisa ser tão veemente -, aconselhou.
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