São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002

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PAINEL

Esperar para ver
Responsáveis pelo comitê financeiro de José Serra estão sugerindo à coordenação da campanha tucana que adiem a data de alguns eventos de maior porte. Alegam "dificuldades momentâneas de caixa" para pagar viagens e infra-estrutura.

Custo político
Os responsáveis pelo caixa da campanha do PSDB dizem que os financiadores habituais estão segurando doações. Motivos: a crise econômica e o desempenho apenas razoável de José Serra nas pesquisas, que é seguido de perto por Ciro Gomes (PPS).

Pirotecnia cara
A campanha de Serra tem sido bancada pela cota do PSDB no fundo partidário. Mas a convenção do tucanato em Brasília, que custou declarados R$ 500 mil, teria raspado o cofre do partido.

Dupla de ataque
A bancada da bola, que agora se autodenomina bancada do penta, ironizava aliados de Serra na festa do Planalto: "O nosso Ricardo [Teixeira] é melhor do que o Ricardo [Sérgio] dele".

Em liquidação
O carro oficial de FHC estava decorado ontem com uma bandeira do Brasil na janela, dessas compradas de camelô.

100% papagaio
Joaquim Roriz (PMDB) espalhou faixas para receber a seleção no DF: "Brasília tem 5 erres - Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos e Roriz". Modesto, o governador deixou de fora os campeões Roque Júnior, Ricardinho e Rogério Ceni.

Campeonato real
Piada ouvida no Planalto: no dia da comemoração do penta, o dólar quase chegou ao tri.

Agrado embalado
Paulo Renato (Educação) pretendia presentear Felipão, seu conterrâneo, com uma cuia de chimarrão, mas, na confusão da festa do penta em Brasília, não conseguiu entregá-la ao técnico.

Nome aos bois
No PT, a "Carta ao Povo Brasileiro", de Lula, recebeu o apelido de "Carta aos Banqueiros".

Arrastão militante
Lula fará uma caminhada pelo centro de SP no dia 6 de agosto, às 10h, para abrir oficialmente a sua campanha. Os militantes do PT estão sendo convocados para, na mesma hora, sair às ruas das principais cidades do país com bandeiras do partido.

Linha de campanha
Um panfleto com o slogan "Quero um Brasil decente" será distribuído na abertura da campanha do PT. No texto, os petistas dizem que Lula está "mais preparado do que nunca" e que há 20 anos estuda e discute "os problemas brasileiros", o que valeria "por mil diplomas".

Cabelo solto
A portaria da Polícia Federal que proibiu as servidoras de usar decote "exagerado" e minissaias não estabelece nenhuma restrição aos grampos.

Coerência política
O deputado José Thomaz Nonô fez no último final de semana em Alagoas um apaixonado discurso em favor da candidatura Collor ao governo. Detalhe: o deputado é presidente do Conselho de Ética da Câmara.

Collorido e covista
Resposta de Ciro Gomes para as críticas ao lançamento de Antônio Cabrera, que foi ministro de Fernando Collor, ao governo paulista pelo PTB: "Além de um bom ministro, foi um excelente secretário de Mário Covas".

Visita à Folha
Carlos Mariani Bittencourt, presidente do Ceal (Conselho de Empresários da América Latina), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Alberto Pfeifer, diretor-executivo do Ceal, de Roberto Teixeira da Costa, vice-presidente da Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais).

TIROTEIO

Do senador Geraldo Cândido (PT), integrante da CPI do Futebol, sobre a vitória da seleção:
- Como brasileiro, estou muito alegre. Mas, como político, digo que será uma tragédia se Ricardo Teixeira [presidente da CBF" conseguir capitalizar isso para limpar sua imagem, que está muito suja.

CONTRAPONTO

Questão de importância

A recepção aos jogadores da seleção brasileira pentacampeã mundial de futebol reuniu centenas de políticos ontem no Palácio do Planalto.
Um dos mais entusiasmados era o líder do governo no Congresso, o deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), que foi de Manaus a Brasília especialmente para ver a festa do penta.
Acompanhado da mulher e da filha pequena, Virgílio chegou ao Planalto às 9h, logo depois de passar a noite viajando.
Quando entrava na área reservada aos políticos, uma funcionária do Planalto encarou o deputado longamente e, por fim, perguntou:
- Eu acho que conheço o senhor de algum lugar. O senhor não é segurança do quarto andar [onde fica o gabinete de FHC]?
Virgílio ironizou:
- Não, senhora. Eu sou segurança do Ronaldinho!



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