DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na semana decisiva para o governo no Congresso, quando o objetivo é aprovar projetos considerados importantes que ficaram empacados durante todo o semestre, líderes do Senado têm almoço marcado, na segunda, com o ministro José Dirceu (Casa Civil) antes de um encontro com o responsável pela coordenação política, ministro Aldo Rebelo.
Dirceu perdeu espaço com a reforma ministerial de janeiro. Ficou responsável pelo gerenciamento do governo, e a coordenação política foi para Aldo. Desde então os dois travam disputa de bastidores, com Dirceu querendo recuperar suas antigas funções.
O Senado quer votar na próxima semana a Lei de Falências, a de Biossegurança, a de Informática e a reforma do Judiciário. Na Câmara, há cinco medidas provisórias e os projetos de incentivo à construção civil, de inovação tecnológica, de criação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e o que fixa novas regras das agências reguladoras.
A negociação para prorrogar os trabalhos no Senado não foi com a oposição, e sim com o aliado PMDB, maior bancada na Casa. O líder da sigla, Renan Calheiros (AL), temia a inclusão na pauta da emenda que permite a reeleição dos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Calheiros quer assumir o Senado em 2005. (FERNANDA KRAKOVICS)


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