DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao se reunir ontem com os comandantes das Forças Armadas, o ministro José Viegas (Defesa) disse a eles que, nos dois encontros que teve nesta semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colocou-se irredutível em torno do estudo feita pela pasta que prevê reajuste de 33% aos militares. Voltou a afirmar que a decisão não está mais em sua alçada.
Nas reunião com Lula, Viegas ouviu do ministro Guido Mantega (Planejamento) que um reajuste de 5% a partir de agora já seria algo que causaria um impacto não previsto nos cofres públicos.
Na prática, ontem, Viegas deixou precavidos os comandantes. Disse ainda que não partiu dele, nas reuniões no Planalto, sugestões para, por exemplo, flexibilizar a proposta original da Defesa.
É por causa da questão salarial que o clima entre Viegas e os comandantes é tenso desde o início do ano. Ao deixarem ontem o ministério, eles respeitaram a linha de não falar sobre o tema. "A palavra está com o presidente", disse o brigadeiro Luiz Carlos Bueno (Aeronáutica). Um reajuste num percentual próximo ao estudo da Defesa poderia fortalecer Viegas, diminuindo, por ora, os rumores em torno de sua queda. (EDS)

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