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Pareceres da Casa dizem que processo é nulo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os pareceres jurídicos
encomendados pelo presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha
(PMDB-TO), recomendam a nulidade do processo contra Renan Calheiros
e também dão a senha para o futuro do caso: "Não é
mais possível o aditamento da peça inicial nem o
acréscimo de novos fatos".
Os dois relatórios, redigidos no prazo de 48 horas
estipulado por Quintanilha, dão munição para a
defesa de Renan embargar
o caso. A decisão, entretanto, terá cunho político
e caberá à Mesa.
O texto do consultor-geral legislativo, Bruno Dantas Nascimento, é taxativo
ao restringir o foco das investigações à representação do PSOL. "O enveredamento do procedimento por caminhos que se
afastem dos fatos, ainda
que por uma razão nobre,
pode ensejar a argüição de
nulidade absoluta de todo
o processo disciplinar."
O parecer afirma ainda
que, para solicitar determinados documentos, diligências e perícias o conselho necessitaria do respaldo da Mesa ou de Renan. Também considera
irregular o fato de a Mesa
não ter se reunido para
despachar a representação ao conselho.
O segundo relatório, assinado pelo advogado-geral do Senado, Alberto
Cascais, é ainda mais incisivo ao criticar, por exemplo, a escolha da Polícia
Federal para periciar os
papéis enviados por Renan. "A Polícia Federal só
poderia atuar no feito desde que estivesse procedendo a investigações criminais no âmbito de um
inquérito policial", afirma.
O texto conclui: "As irregularidades conduzem à
nulidade de todo o procedimento que tramita perante o conselho".
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