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Deputado do PSDB recebeu propina, diz testemunha
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
Uma testemunha do inquérito que apura fraudes em licitações da CDHU (Companhia de
Desenvolvimento Habitacional
e Urbano) em São Paulo acusou
o deputado Mauro Bragato
(PSDB) de ter recebido um "vale" de R$ 10 mil da FT Construções, pivô do suposto esquema.
O valor do "vale" é superior
aos supostos pagamentos mensais de R$ 2.000 a R$ 5.500 que
o parlamentar é suspeito de ter
recebido de outubro de 2003 a
setembro de 2006. No depoimento de 6 de junho ao delegado Luiz Otávio Forti, a testemunha diz que "no dia 1º de setembro de 2006 foi pago um vale no valor de R$ 10 mil ao deputado Mauro Bragato".
Documentos apreendidos na
casa de Luiz Paulo Kauffman,
detido em maio sob suspeita de
ser o tesoureiro do suposto esquema, revelam pagamento de
R$ 10 mil a "Q.MB". De acordo
com as apurações, a letra "Q" é
uma abreviatura de "quanto levo nisso" (propina) e a sigla
"MB" refere-se ao deputado.
A testemunha afirmou que
lançamentos identificados como "QLN MBR" no caixa dois
da FT "dizem respeito a pagamentos efetuados ao deputado
estadual Mauro Bragato".
O deputado Mauro Bragato
disse que "não tem nenhuma
relação com esse vale". Ele nega
envolvimento no esquema de
fraudes na CDHU. Segundo sua
assessoria, o vale é um "documento absurdo, inconsistente e
que parece ter sido produzido
unilateralmente". A assessoria
informou que "tomará as devidas medidas judiciais e inclusive criminais contra qualquer
acusação que seja falsa".
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