São Paulo, terça-feira, 03 de julho de 2007

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Deputado do PSDB recebeu propina, diz testemunha

CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Uma testemunha do inquérito que apura fraudes em licitações da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) em São Paulo acusou o deputado Mauro Bragato (PSDB) de ter recebido um "vale" de R$ 10 mil da FT Construções, pivô do suposto esquema.
O valor do "vale" é superior aos supostos pagamentos mensais de R$ 2.000 a R$ 5.500 que o parlamentar é suspeito de ter recebido de outubro de 2003 a setembro de 2006. No depoimento de 6 de junho ao delegado Luiz Otávio Forti, a testemunha diz que "no dia 1º de setembro de 2006 foi pago um vale no valor de R$ 10 mil ao deputado Mauro Bragato".
Documentos apreendidos na casa de Luiz Paulo Kauffman, detido em maio sob suspeita de ser o tesoureiro do suposto esquema, revelam pagamento de R$ 10 mil a "Q.MB". De acordo com as apurações, a letra "Q" é uma abreviatura de "quanto levo nisso" (propina) e a sigla "MB" refere-se ao deputado.
A testemunha afirmou que lançamentos identificados como "QLN MBR" no caixa dois da FT "dizem respeito a pagamentos efetuados ao deputado estadual Mauro Bragato".
O deputado Mauro Bragato disse que "não tem nenhuma relação com esse vale". Ele nega envolvimento no esquema de fraudes na CDHU. Segundo sua assessoria, o vale é um "documento absurdo, inconsistente e que parece ter sido produzido unilateralmente". A assessoria informou que "tomará as devidas medidas judiciais e inclusive criminais contra qualquer acusação que seja falsa".


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