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PFL controla
comissão
LUIZA DAMÉ
da Sucursal de Brasília
A cúpula do PFL está controlando os trabalhos da
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara,
que analisa o processo de
cassação dos mandatos de
três deputados do Acre
-dois do PFL- acusados
de ter recebido dinheiro para votar a favor da reeleição.
Nos últimos três depoimentos -do governador
Amazonino Mendes
(PFL-AM), do governador
Orleir Cameli (sem partido-AC) e do deputado José
Jorge (PFL-PE)- os pefelistas lotaram o plenário da
CCJ. O líder do partido,
Inocêncio Oliveira (PE), esteve sempre de prontidão
para evitar qualquer ataque
aos pefelistas.
"Agora eu vou embora,
pois já cumpri o meu papel.
Os depoimentos mostraram a isenção dos governadores e a isenção dos deputados. O PFL é um partido
limpo", disse Inocêncio ontem no final do depoimento
de José Jorge, presidente do
partido.
Campainha
O presidente da CCJ,
Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), teve de acionar a campainha e pedir silêncio aos pefelistas que comemoravam o desempenho de José Jorge no depoimento. Alves queria dar início ao depoimento do senador Nabor Júnior
(PMDB-AC), que não teve o apoio da cúpula peemedebista.
O presidente do PFL teve
de esclarecer os motivos
que levaram o partido a expulsar os ex-deputados Ronivon Santiago e João Maia,
ambos do Acre.
Eles disseram, em gravações obtidas pela Folha,
que receberam entre R$ 100
mil e R$ 200 mil para votar a
favor da reeleição.
Segundo Nabor Júnior, os
dois deputados peemedebistas do Acre -na época,
Chicão Brígido (citado nas
gravações como tendo vendido o voto) e Regina Lino- foram convencidos a
apoiar a reeleição para evitar que o Estado fosse prejudicado na liberação de recursos federais.
Recursos
"Não poderia haver dispersão de votos. A prefeitura (de Rio Branco, administrada pelo PMDB) e o Estado estavam dependendo de
recursos federais", disse.
O senador disse que Chicão Brígido recebeu Cameli
-acusado de ter participado da compra de votos-
no seu gabinete para discutir reeleição. "Mas ele me
garantiu que o Cameli não
fez proposta nenhuma",
afirmou Nabor.
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