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FUNCIONALISMO
Para presidente do STF, reajuste de servidores tem que ser anual
Marco Aurélio volta a cobrar FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministro Marco Aurélio de Mello, disse ontem
que a eventual concessão pelo governo de reajuste salarial ao funcionalismo teria que cobrir as perdas dos últimos três anos.
Marco Aurélio afirmou que os
servidores conquistaram o direito
à correção anual a partir de junho
de 1999, quando a emenda constitucional da reforma administrativa completou um ano.
Ela previu expressamente a revisão anual dos vencimentos no
serviço público.
O ministro fez essa afirmação ao
comentar uma hipótese de concessão do índice de 10%. Os servidores estão desde 1995 com o salário congelado.
Ele voltou a cobrar ontem, no
segundo dia consecutivo, o cumprimento por parte do presidente
Fernando Henrique Cardoso da
decisão do Supremo que o declarou omisso quanto à obrigação de
conceder o reajuste anual.
"Uma decisão do STF não pode
ser colocada em segundo plano,
sob pena de constatarmos que
não estamos em uma democracia", afirmou Marco Aurélio.
A derrota do governo ocorreu
em abril último, no julgamento de
uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão proposta
pelo PT e pelo PDT. A AGU (Advocacia Geral da União) prepara
recurso contra a decisão.
Por intermédio do porta-voz
George Lamazière, FHC afirmou
ontem que "o Orçamento não está fechado" e que ainda não recebeu da área econômica nada sobre o reajuste do funcionalismo.
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