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OUTRO LADO
Paulinho diz que estranha caso ter vindo à tona agora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Candidato a vice de Ciro Gomes (PPS) e presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PTB), o Paulinho,
disse ontem que, "com certeza,
não há uma só pessoa fazendo
32 ou 35 cursos, pois isso seria
impossível". Para ele, "houve
um problema no sistema ou foi
uma invenção".
Disse que recebeu o relatório
da Controladoria Geral da
União só ontem e que repassou
para sua assessoria sem ler.
Lembrou, porém, que auditorias anteriores do Tribunal de
Contas da União e do Ministério
do Trabalho "deram tudo como
ótimo e bom". "Estranho que,
faltando dois meses para a eleição, tudo isso venha à tona. Isso
é um problema grave, deve ter
havido falta de compreensão
dela, de entendimento das novas leis", disse à Folha.
Quando disse "dela", Paulinho estava se referindo à controladora-geral da União,
Anadyr de Mendonça Rodrigues, que mandou fazer a inspetoria dos convênios e liberações
do FAT para cursos da Força.
Paulinho não compareceu ontem ao Ministério Público Federal de Marília, apesar de ter sido
"convidado" pessoalmente por
um oficial de Justiça a prestar
esclarecimentos sobre a suposta
compra superfaturada de uma
fazenda, por meio da Força Sindical, com recursos federais.
"Ele não compareceu porque
não tive acesso à investigação",
disse o advogado da Força, Antonio Rosella.
A Procuradoria disse que, como testemunha, Paulinho pode
ser conduzido por força policial
para depor ou responder por
crime de desobediência.
Em nota oficial, o sindicalista
rebateu ainda informações publicada na revista "IstoÉ" de que
teria tentado comprar o silêncio
de um antigo colega sobre denúncias contra a Força.
Declarando-se ""perplexo e estarrecido", afirmou que as acusações são ""absurdas". Ele admitiu ter sido procurado para
tratar do assunto por um amigo
do suposto acusador, mas disse
que não falaram em dinheiro.
""Disse que ficasse à vontade para denunciar o que quisesse."
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