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Candidato propõe ponte
até Fernando de Noronha
EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA
Apesar de propostas como
construir uma ponte para ligar
Natal a Fernando de Noronha ou
colocar massagistas em postos de
saúde, o candidato à prefeitura da
capital potiguar Miguel Joaquim
da Silva (PTC), 65, o Miguel Mossoró, não se acha folclórico e diz
ser um "político de idéias novas".
Uma ponte entre Natal e a ilha
teria 361 km de extensão, de acordo com o Comando da Marinha
-a distância equivale a 27 pontes
Rio-Niterói, que tem 13,3 km.
Questionado sobre a viabilidade
da sua proposta, Mossoró afirmou que "se os europeus fizeram
um túnel embaixo do mar, por
que nós não podemos fazer uma
ponte como essa?". Ele se refere
ao Eurotúnel, pelo qual trens passam sob o canal da Mancha, entre
a França e a Inglaterra.
Mossoró já havia dado mostras
de qual seria a toada da sua campanha no primeiro dia da sua propaganda na televisão. Para evitar
que seus concorrentes o "copiassem", ele se apresentou guardando num cofre o que sugeriu ser o
seu programa de governo.
Sargento reformado do Exército
e pai de sete filhos -tem oito netos-, o candidato disse que uma
das prioridades de seu governo
será combater o turismo sexual.
Outra promessa de Mossoró é
reaparelhar os postos de saúde de
Natal e contratar equipes de massagistas para cuidar dos idosos.
"Eu não quero nenhum velho
mocorongo por aqui. Eu quero os
cabras de 60, 70 anos me abraçando, me apoiando", justificou.
Sua campanha ocorre "sem
apoio dos empresários", como ele
define. Mossoró disse que para
viabilizar a compra de cem adesivos para carro e mil cadernetas
para guardar títulos de eleitor havia ontem emitido um cheque
pré-datado para 30 dias, de R$
330. Ele afirmou que seus programas de TV são feitos com a ajuda
do partido e que não gasta mais
do que R$ 150 por gravação.
Mossoró disse ainda que está
concorrendo para divulgar o PTC
no Rio Grande do Norte. Declarou que não tem pretensão de ganhar, mas que pode ser "a surpresa" no final das eleições. De acordo com a pesquisa Ibope divulgada no último dia 26, ele não chegou a 1% das intenções de voto.
"Disseram que estou de palhaçada, mas palhaçada é não ter seringa no posto de saúde, é entregar nossas divisas ao FMI."
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