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Na TV, tucano explora o PIB e imagens de mensaleiros; TSE tira tempo de Lula
MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO
As imagens dos petistas envolvidos com o mensalão estrearam ontem na propaganda
de Geraldo Alckmin. Até então
citados por uma apresentadora, José Genoino, José Dirceu,
Delúbio Soares, Luiz Gushiken
e Silvio Pereira tiveram enfim
suas fotos exibidas na TV. Além
de ver seus ex-auxiliares de governo e do PT serem usados para atingi-lo, Luiz Inácio Lula da
Silva ainda perdeu 2min54s no
programa da noite, seguindo
punição feita pelo TSE.
A terceira semana de horário
eleitoral foi marcada pela elevação de tom do tucano, que
deixou a biografia em segundo
plano para criticar Lula e lembrar dos casos de corrupção
que atingiram o PT. Ontem, no
programa mais forte até agora,
Alckmin usou ainda notícias
econômicas desfavoráveis ao
petista da última semana. Coube à apresentadora falar sobre
o mensalão ao fim da peça.
"Quarta-feira passada, o ex-presidente do PT José Genoino
foi visitar o Lula no Palácio do
Planalto. Você lembra do Genoino, né? Ele foi um dos 40
acusados no escândalo do mensalão e foi denunciado como
membro da quadrilha que desviou dinheiro público no governo Lula", afirmou a atriz.
Depois, listou Dirceu, Delúbio, Gushiken e Silvio para dizer que, "antes mesmo da eleição, Genoino já voltou ao Palácio do Planalto". "Será que a
turma do Lula quer voltar?
Responda com o seu voto. Mude de presidente."
PIB e demissões
Sem citar Lula, Alckmin não
falou de corrupção, mas usou as
demissões na Volkswagen e o
crescimento de 0,5% do PIB no
segundo trimestre para dizer
que "está tudo errado", porque
"o atual presidente não tem um
plano de crescimento, porque
gasta muito e gasta mal e sufoca
os trabalhadores e as empresas
com muito imposto".
Depois de dizer que, na área
do emprego, "infelizmente as
coisas não estão indo bem",
chamou de "desastre" o desempenho da economia brasileira.
Lula, que usou a maior parte
de seu tempo na TV para elogiar o Bolsa-Família, perdeu
2min54s dos seus 7min12s. Foi
uma determinação do Tribunal
Superior Eleitoral, que viu
"apologia" da candidatura do
presidente no espaço reservado
a Jaques Wagner (PT), que disputa o governo da Bahia.
A punição atende a uma representação feita pela chapa
PSDB-PFL e foi somente para o
programa da noite de ontem.
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