São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Na TV, tucano explora o PIB e imagens de mensaleiros; TSE tira tempo de Lula

MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

As imagens dos petistas envolvidos com o mensalão estrearam ontem na propaganda de Geraldo Alckmin. Até então citados por uma apresentadora, José Genoino, José Dirceu, Delúbio Soares, Luiz Gushiken e Silvio Pereira tiveram enfim suas fotos exibidas na TV. Além de ver seus ex-auxiliares de governo e do PT serem usados para atingi-lo, Luiz Inácio Lula da Silva ainda perdeu 2min54s no programa da noite, seguindo punição feita pelo TSE.
A terceira semana de horário eleitoral foi marcada pela elevação de tom do tucano, que deixou a biografia em segundo plano para criticar Lula e lembrar dos casos de corrupção que atingiram o PT. Ontem, no programa mais forte até agora, Alckmin usou ainda notícias econômicas desfavoráveis ao petista da última semana. Coube à apresentadora falar sobre o mensalão ao fim da peça.
"Quarta-feira passada, o ex-presidente do PT José Genoino foi visitar o Lula no Palácio do Planalto. Você lembra do Genoino, né? Ele foi um dos 40 acusados no escândalo do mensalão e foi denunciado como membro da quadrilha que desviou dinheiro público no governo Lula", afirmou a atriz.
Depois, listou Dirceu, Delúbio, Gushiken e Silvio para dizer que, "antes mesmo da eleição, Genoino já voltou ao Palácio do Planalto". "Será que a turma do Lula quer voltar? Responda com o seu voto. Mude de presidente."

PIB e demissões
Sem citar Lula, Alckmin não falou de corrupção, mas usou as demissões na Volkswagen e o crescimento de 0,5% do PIB no segundo trimestre para dizer que "está tudo errado", porque "o atual presidente não tem um plano de crescimento, porque gasta muito e gasta mal e sufoca os trabalhadores e as empresas com muito imposto".
Depois de dizer que, na área do emprego, "infelizmente as coisas não estão indo bem", chamou de "desastre" o desempenho da economia brasileira.
Lula, que usou a maior parte de seu tempo na TV para elogiar o Bolsa-Família, perdeu 2min54s dos seus 7min12s. Foi uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral, que viu "apologia" da candidatura do presidente no espaço reservado a Jaques Wagner (PT), que disputa o governo da Bahia.
A punição atende a uma representação feita pela chapa PSDB-PFL e foi somente para o programa da noite de ontem.


Texto Anterior: Alckmin não detalha programa para agricultura
Próximo Texto: [ ! ] Foco: Depois de derrota e greve de fome, Garotinho dirige seus esforços para Pudim
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.