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Escândalo foi articulado em representação alagoana, diz PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Foi na sede de uma representações estadual em Brasília que
se articulava um dos maiores
escândalos de corrupção revelados pela Polícia Federal neste
ano, que deu origem à Operação Navalha, no mês de maio.
Segundo a PF, um dos braços
do esquema de fraudes em
obras públicas era Enéas de
Alencastro Neto, homem de
confiança do governador alagoano Teotônio Vilela (PSDB).
Enéas chegou a ser preso pela
polícia sob a acusação de participar das negociatas com o empresário Zuleido Veras, da
construtora Gautama.
A Gautama, cujos lobistas
atuavam em ministérios, comandava o esquema de fraude
a licitações, segundo a polícia.
No inquérito criminal, a PF
afirma que "Enéas e Denilson
[de Luna Tenório, também funcionário do governo alagoano]
falam que a ordem teria partido
do governador, o qual no dia 26
de abril, às 12h30, teve encontro com Zuleido no gabinete de
João Tenório, em Brasília".
Após o escândalo ele foi substituído interinamente por Germana Laureano.
A mesma operação, que resultou na queda do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia),
pôs sob suspeita o governador
do Maranhão, Jackson Lago
(PDT), que foi acusado de ter
recebido propina por intermédio de dois sobrinhos. Ele nega.
Seu filho, o ex-deputado Wagner Lago (PDT), é o representante do Maranhão em Brasília.
As "embaixadas" estaduais
também já abrigaram outros
personagens que, mais tarde,
seriam arrolados em escândalos, como Waldomiro Diniz.
Em 1999, Waldomiro foi nomeado como cota do PT pelo
então governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) para
chefiar a representação do Estado em Brasília. Ficou até fevereiro de 2001.
O ex-deputado Ricarte de
Freitas Júnior foi indicado para
assumir o escritório de representação de Mato Grosso pelo
governador Blairo Maggi (PR).
Ele foi acusado pela CPI dos
Sanguessugas de participar do
esquema da máfia das ambulâncias.
Segundo o empresário Luiz
Antonio Vedoin, apontado como chefe do esquema, Ricarte
devia R$ 279.393 ao esquema
por pagamento adiantado de
propina. Ele nega.
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