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Denúncias levam vereador de São Caetano a pedir CPI
Faltam duas assinaturas para pedido ser aprovado
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A denúncia do empresário
Antonio José Cressoni, 51, que
afirma ter ganho, durante oito
anos, cerca de R$ 16,5 milhões
em contratos com a Prefeitura
de São Caetano do Sul (SP) sem
nunca ter participado de um
processo de licitação, levou o
vereador Horário Neto (PSOL)
a pedir a abertura de uma CPI
na Câmara Municipal.
Cressoni diz que decidiu denunciar os funcionários públicos que supostamente o ajudaram a ganhar dinheiro depois
de ter sido "abandonado", sem
nenhuma obra.
À reportagem, ele afirma que
recebeu até por obras públicas
que não fez. Diz ter ido à falência pelo excesso de despesas extras. Em troca de obras, afirma,
pagava um "Fundo de Reserva"
para autoridades e arcava com
presentes para servidores.
Há cerca de 15 dias, quando
soube da denúncia do empresário, o vereador formalizou um
pedido de abertura de CPI . "Tive o apoio de apenas mais um
vereador, do Edgar Nóbrega, do
PT. Todos os demais parlamentares são da base de apoio do
prefeito José Auricchio Júnior,
do PTB, que parece não ter interesse em apurar o caso", diz.
Para o pedido de CPI ser
aprovado, são necessárias mais
duas assinaturas.
A maior parte das obras públicas obtidas por Cressoni foram nas duas gestões do prefeito Luiz Tortorello (PTB), morto em 2004. Na atual administração, ele diz ter realizado três
obras, também sem licitação.
O Ministério Público apura
eventual fraude dos processos
licitatórios. Informa ter fortes
indícios de falsificação da assinatura do empresário em papéis que teriam como objetivo
legalizar o contrato.
Auricchio Jr. diz que os serviços feitos por Cressoni em sua
gestão passaram por licitação.
Ele exibiu para a reportagem os
três processos de carta convite.
"Eu pedi a entrada da polícia na
investigação." O irmão de Tortorello, Antonio de Pádua
(PTB), afirma que a acusação
do empresário é absurda.
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