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Governador
esvazia PDT
FERNANDO MENDONÇA
da Agência Folha, em Curitiba
O governador do Paraná,
Jaime Lerner, assinou ontem em Curitiba sua filiação
ao PFL.
Lerner levou consigo a
maior parte do grupo político que o acompanha, esvaziando o PDT, seu
ex-partido. Ele disse que
saiu do PDT por considerá-lo, hoje, um partido
"fraco".
Cinco deputados estaduais assinaram a filiação
ao PFL junto com Lerner.
Todos saídos do PDT. Agora, dos 54 parlamentares da
Assembléia Legislativa do
Paraná, 18 são do PFL.
Seguiram o governador o
prefeito de Curitiba, Cássio
Taniguchi, e 14 secretários
municipais da capital -de
um total de 17.
O presidente do PFL no
Paraná, José Carlos Gomes
Carvalho, afirmou que pelo
menos 80 prefeitos do Estado -são 399- já estão
com o novo partido do governador paranaense.
"O PFL tem um amplo
espectro de ação entre os
extremos da política em
que se encaixam todos
aqueles que desejam o
avanço social", disse Lerner. "É deste lado que está
o grupo que lidero."
Inocêncio Oliveira, líder
do PFL na Câmara, anunciou que negocia a entrada
de outros líderes nacionais
no partido.
"No próximo dia 18, será
a vez do governador Siqueira Campos, do Tocantins, e
de seis deputados federais.
Dia 19, é a vez de Luiz Antonio de Medeiros e de Paulo
Pereira da Silva (dirigentes
da Força Sindical). E no dia
25 teremos a filiação do deputado Luiz Carlos Santos,
mais três deputados federais e cinco ou seis estaduais
em São Paulo", disse.
Inocêncio afirmou ainda
que o PFL será o maior partido do Brasil. "Sairemos
das urnas de 98 com mais
de 12 governadores e no mínimo 150 deputados federais eleitos."
O vice-presidente Marco
Maciel participou da cerimônia de filiação, ao lado
do presidente interino do
PFL, José Jorge, e do líder
do partido no Senado, Hugo Napoleão, além de Inocêncio, senadores, deputados, prefeitos e secretários
de governo.
"Laranja chupada"
O presidente do PDT,
Leonel Brizola, disse ontem
pela manhã, em entrevista
por telefone a uma emissora de rádio de Curitiba, que
"Lerner será uma 'laranja
chupada' dentro do PFL".
Brizola disse ainda que a
saída de Lerner do PDT "é
uma poda feita pelas mãos
de Deus, uma exclusão da
podridão que ainda existe
no partido".
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