|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SANTA CATARINA
Governador sofre processo
Relator pode votar contra impeachment
FÁBIO ZANINI
da Agência Folha, em Florianópolis
O deputado Jaime Mantelli
(PDT) disse ontem que não sabe se
manterá o voto favorável ao impeachment do governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira
(PMDB), no processo por supostas irregularidades na emissão de
títulos públicos, do qual é o relator.
Mantelli é um dos parlamentares
que estão sendo cortejados por
Vieira para garantir o arquivamento do processo quando houver nova votação em plenário, o
que pode ocorrer em 30 dias.
Primeira votação
Na primeira votação, em 30 de
junho, Mantelli foi favorável ao
afastamento de Vieira, mas, desde
então, aproximou-se bastante do
governador -principalmente
após o reajuste salarial dado, em
julho, à PM, base eleitoral do relator.
"Já que o processo é eminentemente político, o componente político não pode ser desprezado.
Vou analisar o novo quadro para
tomar minha decisão", disse Mantelli.
O relator também ficou contrariado com a decisão do plenário,
tomada anteontem, de rejeitar a
oitiva das testemunhas de Vieira
na atual fase do processo.
Expurgo
Mantelli disse que se sente "expurgado". Há um mês, a oposição
tentou removê-lo da relatoria,
porque na primeira fase ele votou
pela absolvição do vice-governador, José Augusto Hulse (PMDB),
contrariando o seu próprio relatório.
O deputado afirmou que poderá
fazer o mesmo agora: pedir, no relatório, a condenação e votar pela
absolvição no plenário.
Para arquivar o processo, o governo precisa 14 votos, mas tem
garantidos somente os 11 do
PMDB. Além de Mantelli, estão
sendo assediados Onofre Agostini
(PFL), Ciro Roza (PFL) e Jorginho
Melo (PSDB), que tem afilhados
na diretoria do Besc (o banco estadual).
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|