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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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PAINEL

Não perder a boquinha
Apesar de Lula ter "prestigiado" Benedita da Silva (Assistência Social) ontem, o PT do Rio já dá como certa a demissão da ministra. A maior preocupação do diretório fluminense hoje é emplacar um outro representante no governo federal. Não aceita ficar sem espaço na Esplanada.

Verão na praia
Antes mesmo de Benedita da Silva participar de evento religioso na Argentina com dinheiro público, José Dirceu (Casa Civil) já queria que a ministra fosse enviada para algum organismo internacional. Após o escândalo, defende que ela simplesmente tome o caminho de casa.

Conhecimento de causa
Aliados de ACM dizem que a denúncia feita pela Procuradoria contra ele no STF é uma vingança do governo pelo fato de o senador ter adotado postura de oposição nos últimos tempos.

Lobby baiano
Preocupado com o processo sobre a violação do painel do Senado, ACM já começou a agendar audiências com ministros do Supremo Tribunal Federal.

Sem censura
Livreto distribuído pela Radiobrás com uma síntese das principais notícias dos diários incluiu, ontem, publicidade paga de Brizola com críticas a Lula. Título: "Ainda pior que FHC".

Palco para a crítica
Suplicy convidou Celso Amorim (Relações Exteriores) para falar no Senado sobre a viagem de Lula a Cuba. O chanceler disse que consultaria antes o presidente. Explicação: a oposição vai querer saber por que Lula não tratou dos direitos humanos em público na ilha de Fidel Castro.

Fone de ouvido
Por causa das reformas, as comissões permanentes da Câmara estão desde maio sem taquígrafos. Quem quer acompanhar o trabalho das comissões é obrigado a levar um CD e pedir cópia da gravação -em áudio.

Enfermaria lotada
O Departamento de Taquigrafia da Câmara diz que pelo menos 30% dos funcionários estão em licença médica. Os outros tiveram de dar prioridade ao plenário, conforme determinação da presidência da Casa. Para "dar conta das reformas".

Agora, vai
A Prefeitura de SP anunciou na proposta orçamentária de 2004 que vai ajudar o governo do Estado a construir o rodoanel. No texto encaminhado à Câmara de SP consta que a cidade contribuirá com R$ 1.000.

Operação Belezura
Marta enviou à Câmara de SP para 2004, ano em que tentará a reeleição, sua maior proposta orçamentária para publicidade: R$ 37,5 milhões. Nos três primeiros anos de sua gestão, a prefeita paulistana sempre gastou em média 60% a mais do que previu no Orçamento.

Econômico nas palavras
José Sarney (Senado) surpreendeu os colegas do PMDB ao ficar calado durante toda a reunião de ontem com Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil). Parlamentares pediram a ele que falasse ao menos duas palavras. "Muito obrigado", disse, antes de levantar-se e sair.

Investigação paralela
Comissão da Câmara presidida por Antonio Carlos Biscaia (PT) faz hoje diligência na PF-RJ para investigar a morte do comerciante sino-brasileiro Chan Kim Chang. Preso ao tentar embarcar para os EUA com US$ 30 mil não declarados, foi espancado no presídio Ary Franco.

Visita à Folha
Jaime Abello Banfi, diretor da FNPI (Fundação para um Novo Jornalismo Ibero-Americano), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Ricardo Corredor Cure, coordenador de projetos da entidade.

TIROTEIO

Do tucano Walter Feldman, sobre o governo incluir no Orçamento menos recursos para a saúde do que manda a lei:
-Não adianta o governo criar rede de proteção social. É preciso criar uma rede de proteção à legislação social. De nada adianta fazer leis se elas não serão cumpridas.

CONTRAPONTO

Mesa de centro

Senadores do PMDB almoçaram ontem na casa de Amir Lando (RO), em Brasília, onde receberam os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil).
Depois de debate com os parlamentares sobre pontos de divergência entre os Estados na reforma tributária, Dirceu reafirmou que o PMDB ocupará espaço "de destaque" na nova composição ministerial.
Durante a refeição, em pequenos grupos, os senadores discutiam qual seria esse destaque.
Alguns diziam acreditar que a sigla vá ganhar até três pastas. Outros, mais pessimistas, diziam temer que o partido receba apenas ministérios fracos.
Alberto Silva (PI), então, perguntou aos colegas:
-Qual será o nosso papel?
Pedro Simon (RS) disparou, irônico:
-O mesmo de um jarro de flores: decorativo.


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