Corregedor-geral eleitoral nega duas solicitações de Lula para investigações judiciais no TSE contra adversário tucano

Em um dos pedidos, presidente argumentava que Alckmin havia sido privilegiado na cobertura jornalística da eleição

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O corregedor-geral eleitoral, ministro Cesar Asfor Rocha, negou ontem os dois pedidos do presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para abertura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de investigações judiciais contra o adversário, Geraldo Alckmin (PSDB).
Em uma delas, Lula argumentava que Alckmin fora privilegiado pela cobertura jornalística da eleição presidencial, que teria sido desequilibrada em seu favor. O ministro disse que não há indícios de abuso e chamou de "ilações" as afirmações do petista.
"O suposto crescimento do candidato representado [Alckmin] nas pesquisas de intenção de voto não induz a que tal se tenha verificado em face do abuso dos meios de comunicação social."
Na outra representação, Lula acusava o tucano de fazer caixa dois, pois teria recebido doações ilegais por meio da ONG Nova Política. Asfor Rocha disse que não cabe a ele, como corregedor, julgar representações sobre prestação de contas.
Lula também pediu ao TSE que arquive a investigação judicial que deverá apurar se houve abuso de poder na tentativa de compra por petistas do dossiê contra candidatos do PSDB.


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