São Paulo, quarta-feira, 03 de outubro de 2007

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Pagrisa e fiscais ficam frente a frente no Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os donos da empresa Pagrisa ficaram frente a frente ontem em Brasília com o auditor-fiscal do Trabalho, Humberto Célio, e o procurador do Trabalho, Luiz Antonio Fernandes Nascimento, integrantes do grupo que, em julho passado, libertou 1.064 trabalhadores cujas condições foram consideradas análogas à escravidão.
O encontro - em uma sessão da comissão especial do Senado criada para investigar "possíveis excessos" da fiscalização do Ministério do Trabalho - foi marcado por um clima tenso. As fiscalizações no país estão suspensas desde a semana passada.
Empresários da Pagrisa, os irmãos Murilo, Marcos e Fernão Vilela Zancaner, diziam que os trabalhadores foram motivados pela fiscalização a deixar a empresa para garantir benefícios.
Integrantes da fiscalização repetiram o conteúdo do relatório do Ministério do Trabalho: contracheques zerados, alojamentos superlotados e falta de água e higiene.
A sessão estava lotada: 40 pessoas, entre representantes de Ulianópolis (PA) e trabalhadores que se dizem satisfeitos com a Pagrisa, vieram do Pará, em ônibus fretado. Também estavam presentes cerca de 20 fiscais.


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