São Paulo, sexta-feira, 03 de novembro de 2006

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Palocci gasta mais por voto do que colegas

DA REPORTAGEM LOCAL

A campanha do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) por uma vaga na Câmara dos Deputados foi vitoriosa e cara. Ele declarou à Justiça Eleitoral um total de R$ 2,3 milhões em doações de empresas e pessoas. Gastou, em média, R$ 15,13 por cada voto obtido.
Palocci deixou muito para trás os candidatos do PT que tiveram sucesso nas urnas. O deputado reeleito João Paulo Cunha, o mais votado entre os petistas em São Paulo, declarou receitas de R$ 1,35 milhão - cerca de R$ 7,3 por voto. O segundo petista mais votado, Arlindo Chinaglia, declarou R$ 1,4 milhão, ou R$ 8,2 por voto.
Palocci também captou mais dinheiro do que o deputado mais votado de São Paulo, Paulo Maluf (PP-SP), que declarou apenas R$ 819 mil.
Edson Aparecido (PSDB), o tucano mais votado, declarou R$ 653 mil - cerca de R$ 2,6 por voto.
Os bancos, que registraram lucros históricos na gestão de Palocci na Fazenda, foram os principais colaboradores de sua campanha, com R$ 550 mil - desse total, R$ 150 mil foram doados pelo Unibanco por meio da controlada CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), sediada em Minas Gerais.
(RUBENS VALENTE)

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