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Família Vedoin manterá acusação a Abel na PF
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ
Os donos da Planam, Darci e
Luiz Antonio Vedoin, vão confirmar em depoimento marcado para a próxima semana na
sede da Polícia Federal em
Cuiabá (MT) a versão de que o
empresário Abel Pereira recebia propina para intermediar a
liberação de verbas do Ministério da Saúde na gestão de Barjas
Negri (PSDB), hoje prefeito de
Piracicaba (SP).
O delegado da PF Diógenes
Curado confirmou que os Vedoin e o empresário Ronildo
Pereira -apontado como um
dos sócios ocultos da Planam-
serão ouvidos na próxima semana no inquérito que apura o
suposto envolvimento de Abel
no esquema das sanguessugas
durante a gestão Barjas, em
2002, no governo de Fernando
Henrique Cardoso (PSDB).
Um dos advogados dos Vedoin, Oto Medeiros, disse que
os donos da Planam manterão a
versão dada anteriormente à
PF -de que Abel Pereira cobrava propina de 6,5% para intermediar a liberação de verbas.
Ronildo Pereira também já
comprometeu o empresário piracicabano em depoimento anterior na Justiça Federal. Abel
e Barjas negam as acusações.
Investigações
A PF diz já possuir motivos
para indiciar Abel e enquadrá-lo nos crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha,
fraude em licitação e crime
contra a administração pública.
Luiz Antonio Vedoin, chefe
da máfia dos sanguessugas, foi
liberado da cadeia na última
terça após permanecer preso
por 16 dias sob a acusação de
envolvimento na tentativa de
venda do dossiê contra os tucanos para pessoas ligadas ao PT.
A PF identificou que Abel se
encontrou com os Vedoin e
buscou conversar com eles por
telefone antes da tentativa de
venda do dossiê, em setembro.
Foram presos Paulo Roberto
Trevisan, no aeroporto de Várzea Grande (MT), com o dossiê,
e os emissários Gedimar Passos
e Valdebran Padilha com R$ 1,7
milhão em hotel de São Paulo.
De acordo com o advogado de
Luiz Antonio Vedoin, após ser
liberado da prisão ele foi para o
interior de Mato Grosso.
O advogado de Valdebran,
Roger Fernandes, disse ontem
que não pedirá habeas corpus
preventivo para o depoimento
na CPI dos Sanguessugas no
próximo dia 21. No dia 30/10, o
Supremo Tribunal Federal negou habeas corpus para Gedimar e Jorge Lorenzetti -também acusado no dossiegate-
para que eles pudessem se
manter em silêncio na CPI.
(MAURÍCIO SIMIONATO E LEONARDO SOUZA)
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