|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Funcionário nega participação em sessões de tortura em MG
DA SUCURSAL DO RIO
O funcionário da Abin Carlos
Alberto del Menezzi nega ter participado de sessões de tortura. Ele
está reunindo documentos e depoimentos para apresentar em
sua defesa na sindicância aberta
pela Abin para apurar as denúncias de antigos presos políticos.
A Folha tentou, mas não conseguiu localizar Menezzi para ouvi-lo sobre as novas afirmações de
ex-presos que o apontam como
torturador em Belo Horizonte. O
general reformado Octávio Medeiros também não foi encontrado em Brasília, onde mora.
Na quinta-feira, Menezzi se pronunciou sobre relatos similares
feitos à Justiça Militar na década
de 70, quando militantes de esquerda disseram que ele foi co-autor de tortura com eletrochoques, afogamento, espancamento, golpes de palmatória e pau-de-arara, entre outros métodos.
Defesa
"Estou procurando coligir provas para responder o que é possível responder e provar. Vou responder à minha família, à minha
instituição e aos meus amigos."
Referindo-se aos acusadores, o
funcionário da Abin e ex-agente
do SNI afirmou: "Veja os antecedentes deles. Eu nunca assaltei
banco. Nunca sequestrei ninguém. Nunca matei ninguém".
Menezzi afirma que durante dez
anos foi instrutor de entrevistas
(interrogatórios) em órgãos de informação governamentais.
Durante sua passagem pelo
Exército, diz Menezzi, nunca ouviu falar que a tortura fosse empregada para obter informações e
castigar presos políticos. Na opinião do funcionário da Abin, ele
está sendo submetido a tortura
psicológica pelas entidades de defesa dos direitos humanos que o
acusam.
(MM)
Texto Anterior: Governo: Ex-torturados acusam agente da Abin Próximo Texto: Grafite Índice
|