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TRANSIÇÃO
No ministério, presidenciável derrotado deve reativar extinta Sudene
Ciro pode ir para Integração Nacional
PATRICIA ZORZAN
DA REPORTAGEM LOCAL
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A
Tido como nome certo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), o presidenciável derrotado
Ciro Gomes (PPS) surge agora como um forte candidato ao Ministério da Integração Nacional.
Até este momento, Ciro vinha
sendo cotado para a Previdência.
A Integração Nacional, entretanto, já aparecia entre os postos cobiçados por integrantes do PPS
logo após a vitória de Lula.
O ministério, responsável pelas
extintas Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), estava entre as pastas mencionadas por dirigentes do partido como as relacionadas ao perfil
e às áreas de interesse do ex-presidenciável.
Caso seja realmente confirmada
a ida do pepessista para o cargo,
caberá ao ex-governador do Ceará a reativação da Sudene, conforme promessa de campanha reiterada por Lula depois de terminada a eleição.
As duas superintendências, extintas em maio de 2001 devido a
denúncias envolvendo irregularidades, foram substituídas pela
ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia) e pela Adene (Agência de Desenvolvimento
do Nordeste).
Dentro do PT, a avaliação é a de
que Ciro poderá ser mais útil a
Lula na Integração Nacional do
que no comando da Previdência.
Por ser considerado nordestino
-apesar de ter nascido em São
Paulo-, poderia funcionar como
um contraponto às indicações de
paulistas para o ministério.
Há ainda o temor de que, na
Previdência, o pepessista, autor
de inúmeras frases polêmicas e de
temperamento reconhecidamente explosivo, pudesse causar embaraços ao presidente eleito em
uma área considerada prioritária
pelo novo governo.
Ciro só admitiu suas pretensões
de assumir um ministério há cerca de dez dias. Com o objetivo de
evitar desgastes, vinha negando
essa possibilidade em conversas
com companheiros de legenda.
No início da semana passada,
depois de o PT ter oficializado o
convite para a participação do
PPS no governo, o presidenciável
derrotado anunciou formalmente
à cúpula de seu partido que aceitará o convite de Lula para integrar seu ministério.
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