São Paulo, sábado, 03 de dezembro de 2005

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PAINEL

Caminho alternativo
Caso o governo e o PT levem adiante a estratégia de esvaziar a CPI dos Bingos, cujo roteiro prevê a ida de Paulo Okamotto ao STF, a oposição pretende representar diretamente no Ministério Público para que Lula e o amigo expliquem o pagamento do empréstimo feito pelo PT.

Fantasma
Enquanto a fila dos "mensaleiros" anda, vai ficar para o ano que vem a cassação do deputado Ronivon Santiago (PP-AC), já determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas enroscada em labirintos regimentais da Câmara por obra do ex-presidente Severino Cavalcanti (PE).

Escravos de Jó
O TSE determinou a perda do mandato em setembro. Mas Severino, correligionário do deputado, fez uma consulta à CCJ sobre se a sentença era definitiva. A CCJ, por sua vez, devolveu o caso à Mesa, que o remeteu para a Corregedoria da Casa.

Feliz Ano Novo
O corregedor é Ciro Nogueira (PI), também do PP de Ronivon Santiago e que ontem dizia não saber que a bola estava com ele, apesar de o caso ter chegado à Corregedoria em 25 de novembro. O deputado abrirá prazo de cinco sessões para a defesa. "Vai ficar para o ano que vem", diz.

Preço alto
Ronivon é aquele para quem Severino disse que foi todo o dinheiro sacado do valerioduto pelo assessor João Cláudio Genu. Por esse favor, o deputado tem cobrado proteção.

Disque-Pasquale
Faltou revisão na carta que Duda Mendonça enviou à CPI para explicar depósitos em sua conta. No texto há "arrobo de otimismo" e "censo de justiça".

Top hit
Quando faz pouco dos "juristas de ocasião", o primeiro nome na cabeça de Nelson Jobim é o de Miguel Reale Junior, ex-ministro da Justiça de FHC (como Jobim) que não poupou críticas à condução do presidente do STF no caso José Dirceu.

Para registro
Renan Calheiros mandou entregar a todos os senadores uma cópia da entrevista em que defendeu a candidatura de Jobim à Presidência pelo PMDB.

Medindo o terreno 1
Após ter ouvido de Marta Suplicy e de Aloizio Mercadante que pretendem disputar a sucessão de Geraldo Alckmin, Lula procurou na quinta-feira Paulo Frateschi, presidente do PT estadual. Pediu um diagnóstico da situação em São Paulo.

Medindo o terreno 2
O presidente ouviu de Frateschi a avaliação de que o partido é hoje um barril de pólvora em São Paulo, à beira das prévias e distante de potenciais aliados no Estado como PMDB, PTB e PSB.

O impensável
Uma das idéias aventadas na reunião da Executiva do PT indica o tamanho da encrenca em São Paulo: oferecer a cabeça da chapa no Estado ao PMDB.

Na trave
O secretário paulista de Energia, Mauro Arce, diz que Alckmin e Serra estão entrosados "como os corintianos Tevez e Carlos Alberto". De fato os dois não se desentenderam, como chegou a ser noticiado. Mas o prefeito é palmeirense doente, e o governador, santista roxo.

Segmento definido
De olho no eleitorado evangélico, o PDT paulista anuncia amanhã a pré-candidatura do vereador paulistano Carlos Apolinário ao governo do Estado no ano que vem.

Agrado
Estremecido com Roberto Requião desde a crise da aftosa, o Planalto acena ao peemedebista com a possibilidade de compra da usina termoelétrica Araucária, parada desde 2002. O governo federal entraria no negócio por meio da Eletrobrás.

TIROTEIO

Do senador José Jorge (PE), vice-presidente do PFL, sobre a multa de R$ 31,9 mil aplicada pelo TSE ao presidente Lula:
-Vamos ver quem vai pagar a dívida: se o presidente ou seu amigo Paulo Okamotto.

CONTRAPONTO

Fonte da juventude

Desde que reciclou seu visual, com um novo corte de cabelo repleto de reflexos, a senadora Íris Araújo (PMDB-GO) não pára de receber elogios.
Na semana passada, seu colega de bancada Gerson Camata (ES) presidia uma sessão da Comissão de Educação quando deu início à chamada nominal dos parlamentares para votar uma proposição. Como havia chegado atrasada, Íris acabou esquecida por ele.
-Puxa senador, o senhor deixou passar meu nome, mas estou aqui!-, protestou ela.
Camata, conhecido entre os colegas pelo bom humor, não perdeu a chance de elogiar a correligionária para, ainda por cima, sair-se bem da saia-justa:
-Me desculpe, senadora Íris. É que eu olhei para Vossa Excelência e achei que fosse uma nova estagiária da Casa.
Íris se deu por satisfeita e apenas sorriu do galanteio.


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