São Paulo, sábado, 03 de dezembro de 2005

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RUMO A 2006

Alckmin recusa reajuste de 16,5% em seu salário

DO "AGORA"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o vice-governador, Cláudio Lembo (PFL), anunciaram ontem que recusaram o reajuste salarial de 16,5% aprovado pela Assembléia Legislativa anteontem. Alckmin disse que o aumento foi uma iniciativa da própria Assembléia e que ele foi contrário ao reajuste.
Por sugestão do tucano, os deputados incluíram no projeto aprovado um dispositivo que permite ao governador e ao vice abrirem mão do aumento de seus salários. "Não há hipótese de eu aceitar esse aumento. Vou comunicar à Assembléia, como faculta a lei, que abro mão do reajuste do salário do governador", disse Alckmin. Com o reajuste, seu salário iria de R$ 12.720 para R$ 14.800 a partir de 2006.
Ao aprovar o reajuste, os deputados recorreram a uma emenda à Constituição estadual, publicada no "Diário Oficial" em 23 de abril. Antes da alteração, o reajuste dos subsídios era feito uma vez a cada quatro anos. Agora, a Mesa Diretora da Assembléia pode apresentar, todo ano, projeto de lei para fixar o salário dos servidores. O governador tinha criticado, no final de 2004, a hipótese de reajuste quando a emenda entrasse em vigor. Na ocasião, avisou que não o aceitaria.

Cassação de Dirceu
Ontem em Campinas, Alckmin disse que "houve todo tipo de promiscuidade" no governo federal e que a cassação do mandato de deputado federal de José Dirceu (PT-SP) foi um "recado claro do Congresso". "O fato é que nunca houve denúncias tão comprovadas. Que houve dinheiro repassado a parlamentares está mais do que comprovado. Que houve malversação de dinheiro público está mais do que comprovado."
Sobre a cassação de Dirceu, disse: "Entendo que a cassação não foi um processo pessoal. Mas é um recado claro do Congresso Nacional de que os fins não justificam os meios", afirmou.
(MAURÍCIO SIMIONATO)


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