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INVESTIGAÇÃO
PF não consegue confirmar existência de grampo no Ministério da Administração
Varredura não detecta escuta
da Sucursal de Brasília
Varredura feita anteontem à noite pela Polícia Federal no Ministério da Administração não detectou
grampo no telefone usado pelo ministro Luiz Carlos Bresser Pereira.
Para a PF, o fato de o teste ter dado negativo permite duas interpretações: ou havia um grampo e ele
foi retirado antes do trabalho dos
peritos, ou estava errado o resultado da verificação feita por uma
empresa privada na semana retrasada, que acusou a existência da
escuta ilegal.
O suposto grampo no telefone de
Bresser foi descoberto por acaso,
quando uma empresa fazia uma
demonstração de seus equipamentos. O aparelho antiescuta da empresa, cujo nome é mantido sob sigilo pelo ministério, identificou a
existência do suposto grampo
quando uma lâmpada acendeu indicando variação de voltagem no
telefone que o ministro usa para
falar com o presidente FHC.
Na avaliação da PF, o vazamento
da notícia sobre a suposta existência do grampo três dias antes da
data marcada para a varredura
prejudicou a investigação.
A varredura durou cerca de três
horas. Quatro peritos checaram as
linhas usadas por Bresser e pelos
secretários do ministério e a estação telefônica do prédio. O trabalho foi feito com um aparelho antiescuta de fabricação alemã.
Possíveis microfones escondidos
também foram procurados, mas
nada foi encontrado.
A PF fará varreduras em outros
ministérios à medida que forem
solicitadas. Quatro ministérios já
fizeram pedidos, mas a PF não divulga quais pastas são para não
ocorrer o mesmo problema verificado na apuração do suposto
grampo no Ministério da Administração.
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