São Paulo, quinta, 3 de dezembro de 1998

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INVESTIGAÇÃO
PF não consegue confirmar existência de grampo no Ministério da Administração
Varredura não detecta escuta


da Sucursal de Brasília

Varredura feita anteontem à noite pela Polícia Federal no Ministério da Administração não detectou grampo no telefone usado pelo ministro Luiz Carlos Bresser Pereira.
Para a PF, o fato de o teste ter dado negativo permite duas interpretações: ou havia um grampo e ele foi retirado antes do trabalho dos peritos, ou estava errado o resultado da verificação feita por uma empresa privada na semana retrasada, que acusou a existência da escuta ilegal.
O suposto grampo no telefone de Bresser foi descoberto por acaso, quando uma empresa fazia uma demonstração de seus equipamentos. O aparelho antiescuta da empresa, cujo nome é mantido sob sigilo pelo ministério, identificou a existência do suposto grampo quando uma lâmpada acendeu indicando variação de voltagem no telefone que o ministro usa para falar com o presidente FHC.
Na avaliação da PF, o vazamento da notícia sobre a suposta existência do grampo três dias antes da data marcada para a varredura prejudicou a investigação.
A varredura durou cerca de três horas. Quatro peritos checaram as linhas usadas por Bresser e pelos secretários do ministério e a estação telefônica do prédio. O trabalho foi feito com um aparelho antiescuta de fabricação alemã.
Possíveis microfones escondidos também foram procurados, mas nada foi encontrado.
A PF fará varreduras em outros ministérios à medida que forem solicitadas. Quatro ministérios já fizeram pedidos, mas a PF não divulga quais pastas são para não ocorrer o mesmo problema verificado na apuração do suposto grampo no Ministério da Administração.



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