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Previsão era gastar R$ 42 milhões
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o projeto do parque
Villa-Lobos foi apresentado, em
1988, pelo governador Orestes
Quércia (1987-1991), a previsão
era que o custo da desapropriação
do terreno e da instalação do parque representasse aos cofres públicos cerca de R$ 42,2 milhões
em valor atualizado.
Na época, 95% dos 700 mil metros quadrados a serem desapropriados pelo governo estadual
pertenciam à família Abdalla. Os
5% restantes estavam nas mãos
de outros 44 proprietários.
O projeto inicial da família era
trocar o restritivo zoneamento da
área, considerada zona de proteção ambiental, por 2.300 casas populares na periferia. A proposta
era baseada na Lei do Desfavelamento, promulgada na gestão do
prefeito Jânio Quadros (1986-1988). A prefeitura tinha um projeto de loteamento do terreno.
Em 1988, o arquiteto Décio Tozzi apresentou ao governo seus
planos de construção de um parque no local. Quando Quércia autorizou o projeto, foi acusado de
agir para favorecer seu amigo e
maior acionista da Central, Antônio João Abdalla Filho. Na época,
o governo estadual enfrentava
duras críticas por conta de dívidas
com as obras do metrô e com precatórios atrasados.
A assessoria de Quércia afirmou
que o ex-governador está viajando com a família. Em outras reportagens sobre o tema, ele negou
ter favorecido o amigo.
O parque Villa-Lobos foi inaugurado inacabado no final da gestão de Luiz Antonio Fleury Filho
como governador.
(LC)
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