São Paulo, sexta-feira, 04 de janeiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Previsão era gastar R$ 42 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o projeto do parque Villa-Lobos foi apresentado, em 1988, pelo governador Orestes Quércia (1987-1991), a previsão era que o custo da desapropriação do terreno e da instalação do parque representasse aos cofres públicos cerca de R$ 42,2 milhões em valor atualizado.
Na época, 95% dos 700 mil metros quadrados a serem desapropriados pelo governo estadual pertenciam à família Abdalla. Os 5% restantes estavam nas mãos de outros 44 proprietários.
O projeto inicial da família era trocar o restritivo zoneamento da área, considerada zona de proteção ambiental, por 2.300 casas populares na periferia. A proposta era baseada na Lei do Desfavelamento, promulgada na gestão do prefeito Jânio Quadros (1986-1988). A prefeitura tinha um projeto de loteamento do terreno.
Em 1988, o arquiteto Décio Tozzi apresentou ao governo seus planos de construção de um parque no local. Quando Quércia autorizou o projeto, foi acusado de agir para favorecer seu amigo e maior acionista da Central, Antônio João Abdalla Filho. Na época, o governo estadual enfrentava duras críticas por conta de dívidas com as obras do metrô e com precatórios atrasados.
A assessoria de Quércia afirmou que o ex-governador está viajando com a família. Em outras reportagens sobre o tema, ele negou ter favorecido o amigo.
O parque Villa-Lobos foi inaugurado inacabado no final da gestão de Luiz Antonio Fleury Filho como governador. (LC)


Texto Anterior: Quércia errou, diz subprocurador
Próximo Texto: Minas: Itamar pede de volta cargos de confiança
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.