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FMI deveria ser mais flexível, diz tucano
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Saúde e pré-candidato do PSDB à Presidência da
República, José Serra, afirmou
ontem que seria bom se o FMI tivesse posições "mais flexíveis e
economicamente mais corretas".
A afirmação do ministro foi feita em alusão à admissão do diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, no Fórum Econômico Mundial, em Nova York, de que o fundo cometeu erros durante a crise
asiática de 1997 e 1998.
Segundo o diretor-gerente do
fundo, o erro principal foi a ênfase
excessiva na consolidação fiscal.
A declaração de Koehler soou como um mea culpa da instituição
aos países que precisaram recorrer ao fundo durante períodos de
crise econômica.
"Seria melhor antecipar o mea
culpa, porque fazer depois não resolve", afirmou Serra.
Ainda assim, em relação à admissão de Koehler, o presidenciável do PSDB disse que "é melhor
reconhecer posteriormente do
que não reconhecer".
Segundo o ministro, o FMI errou no caso da Argentina. "A receita deu errado", afirmou, referindo-se à crise política e econômica na qual o país se encontra
hoje. "Eu falei que estava errado",
completou Serra.
Para o presidenciável, no entanto, a atuação do FMI durante a
crise brasileira, que culminou na
desvalorização do real em 1999,
não foi problemática.
Catarata
O ministro participou ontem
pela manhã em São Paulo de um
mutirão contra a catarata e o diabetes ocular, realizado no Hospital São Paulo. Era esperada a participação de 4 mil pessoas.
Num auditório lotado com cerca de 200 pacientes, a maioria idosos que esperavam para ser atendidos, Serra discursou sobre a importância da prevenção da catarata e participou da distribuição de
300 óculos para os doentes.
"Hoje o ministro é candidato a
presidente, mas ele está aqui como ministro da Saúde. E essas
coisas não podem se confundir.
Isso aqui [o mutirão" não acontece por causa da disputa eleitoral. É
a nova política da saúde", afirmou
para a platéia o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo,
o deputado estadual Walter Feldman (PSDB).
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