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OUTRO LADO
Advogado de acusados diz que prisão é "violência"
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O advogado Clóvis Sahione
disse ontem considerar "um
ato de violência" e "uma precipitação" a intenção dos deputados que integram a CPI da
Assembléia Legislativa do Rio
de pedir a prisão preventiva
dos cinco fiscais de renda suspeitos de manter dinheiro ilícito em contas na Suíça.
"Não existe processo criminal, não apareceu ninguém até
agora para denunciar que foi
extorquido pelos meus clientes", afirmou.
Sahione acompanhou na
Draco (Delegacia de Repressão
às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais) o
depoimento do fiscal de rendas
Carlos Eduardo Pereira Ramos, suspeito de ser titular de
uma conta com US$ 18 milhões
dos US$ 36 milhões que teriam
sido enviados para a Suíça.
Assim como ocorreu com
Rodrigo Silveirinha e Rômulo
Gonçalves, Ramos negou possuir conta na Suíça e declarou
que seus bens são compatíveis
com seus vencimentos como
fiscal de rendas.
O fiscal, que ocupou a chefia
da Inspetoria de Contribuintes
de Grande Porte, admitiu ter
relações de amizade com auditor da Receita Amauri Franklin
Nogueira, outro suspeito de
participar do suposto esquema
de corrupção. Disse ainda que
fechou a sua empresa, a Flat
Empreendimentos Imobiliários, antes de se tornar fiscal de
rendas.
Sahione criticou o deputado
estadual Carlos Minc (PT), que
divulgou no sábado a informação de que Silveirinha sacou R$
220 mil de uma de suas contas
bancárias um dia antes antes de
o escândalo vir à tona. Segundo
o advogado, o dinheiro é proveniente de 20 anos de trabalho
de Silveirinha e de sua mulher,
Silvana. "Antes de passar essa
informação, ele deveria descobrir a origem do dinheiro",
afirmou o advogado.
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