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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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INVESTIGAÇÃO

Agência recebeu R$ 15 bi

PF vai apurar em NY remessa ilegal a banco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal vai enviar uma nova equipe a Nova York para investigar a movimentação financeira de contas da agência do Banestado na cidade entre 98 e 99.
Investigação anterior da PF na mesma agência descobriu que 137 contas receberam, entre 96 e 97, R$ 14,9 bilhões por meio de um esquema de remessa ilegal de divisas do país.
Esses recursos foram remetidos por meio de um mecanismo chamado CC-5 -que não exige a comprovação da origem dos recursos, mas apenas o nome dos envolvidos na operação.
Com base na primeira investigação, a PF suspeita que mais dinheiro tenha saído ilegalmente do Brasil em 98 e 99, ano em que a agência do Banestado em NY foi fechada. Em 2000, o Banestado foi vendido pelo Estado do Paraná.
As investigações fazem parte de um inquérito aberto em 1998 para apurar crime de evasão de divisas pela empresa Foz do Iguaçu Factoring. A empresa montou um esquema de remessa ilegal de dinheiro no qual utilizava uma agência do Banestado de Foz do Iguaçu (PR) por meio de depósitos em contas CC-5.
O dinheiro acabava depositado na agência do Banestado em Nova York e depois era transferido a contas bancárias em paraísos fiscais. O mecanismo criado dificultava a fiscalização do Banco Central sobre as remessas ilegais.
Reportagem da revista "IstoÉ" afirma que US$ 30 bilhões saíram do Brasil por meio do esquema montado no Banestado entre 96 e 99. Entre os que se beneficiaram do esquema estavam, segundo a reportagem, Rodrigo Silveirinha e outros fiscais do Rio investigados por terem remetido de forma ilegal US$ 36 milhões para contas de um banco na Suíça.


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