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PSDB pede proteção a Paes de Barros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ANÁPOLIS (GO)
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), autor do pedido
da CPI para investigar o caso Waldomiro Diniz, divulgou que um
primo seu foi assassinado em
Cuiabá, o que levou a cúpula tucana a pedir proteção da Polícia Federal para a família dele.
O parente do senador, o gerente
de gráfica Luiz França de Moura
Neto, 49, foi encontrado morto
ontem às margens de uma rodovia em Várzea Grande (10 km de
Cuiabá). O rosto e as mãos estavam queimados. Não havia ontem ainda laudo da necropsia. A
suspeita da polícia é de latrocínio,
mas não descarta crime passional.
Paes de Barros disse que a forma do assassinato é típica de esquadrões da morte e que o primo
não tinha inimigos. Foi o senador
que entregou ao Ministério Público Federal o vídeo que gerou o escândalo em que o ex-assessor do
Planalto Waldomiro Diniz negocia, em 2002, propina com um
empresário do jogo.
Motivações
O líder do partido no Senado,
Arthur Virgílio (AM), sugeriu que
o crime tenha tido motivações políticas. "Está provado estatisticamente que se meter com esse pessoal dá pelo menos azar", ironizou, citando o assassinato de seis
personagens de alguma forma ligados aos fatos que cercaram a
morte do prefeito de Santo André,
Celso Daniel (PT), em 2002.
Ao ser questionado se estava
acusando o governo ou o PT de
participação no assassinato em
Cuiabá, Virgílio afirmou: "Se eu
tiver certeza, eu acuso; como não
tenho, não posso dizer nada".
No entanto, o líder tucano disse
que Paes de Barros e sua família
estão sendo ameaçados.
O próprio Paes de Barros foi
mais cauteloso. "Tenho o dever
de não fazer nenhuma especulação", limitou-se a declarar sobre
os motivos do crime. O senador
também negou estar sendo ameaçado, mas disse que familiares
-segundo o relato de outros senadores, sua filha- têm recebido
telefonemas anônimos nos quais
uma pessoa limita-se a perguntar
com quem está falando e desligar.
Questionário
Os tucanos também decidiram
pedir à PF a lista das perguntas
feitas ontem a Waldomiro Diniz.
"Queremos saber qual é a linha de
investigação da Polícia Federal",
disse Virgílio, acrescentando que
pretendia ler as questões no plenário do Senado.
O líder do governo no Senado,
Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que telefonou ao ministro da
Justiça, Márcio Thomaz Bastos,
para pedir que a PF acompanhe o
caso e ofereça proteção à família
de Paes de Barros. "Em um caso
como esse, nenhuma hipótese pode ser descartada."
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