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INVESTIGAÇÃO
Comissão deverá estudar pedido da OAB contra Celso Pitta
Câmara deve começar a
analisar impeachment
JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local
A Câmara de São
Paulo deve criar
hoje a comissão especial que vai ter
dez dias para analisar um pedido de
impeachment do prefeito Celso
Pitta (PTN). Sete vereadores terão
poder para decidir se há fundamento em denúncias apresentadas há uma semana ao Legislativo
por integrantes da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil).
Nas denúncias, Pitta é envolvido em supostos casos de corrupção, improbidade administrativa
e uso do cargo para obter vantagem pessoal. Ele nega.
Dos seis partidos que integrarão
a comissão, quatro são da base
governista -PMDB, PPB, PL e
PTB. Desses, apenas o PPB, o único com duas vagas na comissão,
não indicou seus vereadores. Essa
decisão deverá ser tomada hoje
em uma reunião da bancada.
O partido do ex-prefeito Paulo
Maluf deve indicar integrantes favoráveis a Pitta. Na Câmara, os
nomes de Brasil Vita e Wadih
Mutran são os mais cotados.
Eles ocupam os cargos de líder e
vice-líder de Pitta na Câmara, respectivamente. Até a semana passada, o partido evitava fazer a indicação de seus integrantes para
deixar o tempo atenuar o peso das
denúncias contra Pitta.
No final de semana, o nome de
Vita, o melhor defensor que Pitta
pode conseguir na sua base por
ele ser advogado e vereador há 40
anos, surgiu entre o de sete vereadores que aparecem em uma lista
com supostos pagamentos de
propina feitos a parlamentares.
Não há confirmação sobre a veracidade da lista, que está sendo
investigada pelo Ministério Público, mas a denúncia influenciará a
decisão pepebista sobre seus integrantes na comissão.
Vereadores governistas contam
com o voto do PMDB e do PTB
para ter maioria na comissão. Assim, terão a alternativa de livrar
Pitta do impeachment.
Natalício Bezerra (PTB) e Ivo
Morganti (PMDB), que vão integrar a comissão, têm orientação
de seus partidos para votar contra
Pitta na análise do pedido de impeachment. Mesmo assim, ambos afirmam que ainda não decidiram seus votos.
A sinalização de como esses
dois vereadores vão se comportar
na comissão deve ocorrer essa semana, com a escolha do presidente e do relator.
Governistas querem ficar com
os dois cargos e precisam dos votos de seus pares para não deixar
as vagas para o PT, PSDB e PL,
que são favoráveis ao início do
processo do impeachment.
O início do processo ocorrerá
apenas se houver um parecer
contra Pitta na comissão especial.
Se essa decisão for tomada, ela
precisará ser confirmada em plenário, com o voto de 33 dos 55 vereadores, para valer.
É nessa fase que poder ser criada uma outra comissão, que terá
90 dias para analisar as acusações.
Independentemente da nova decisão que for tomada, só o voto de
37 vereadores tira Pitta do cargo.
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