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Base de Pitta investiga se prefeito "vazou" a lista
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
Vereadores da base de apoio ao
prefeito Celso Pitta (PTN) começaram ontem uma operação de
investigação. O objetivo é identificar quem é o responsável pela lista com o nome de sete vereadores
que teriam recebido mesadas da
prefeitura para aprovar projetos
favoráveis ao prefeito.
Além disso, os parlamentares
atingidos estão tentando entender o que teria motivado a divulgação da lista anônima.
Um dos vereadores citados, que
tem vários cargos na administração, disse ontem que seu grupo
está empenhado em descobrir de
quem partiu a lista e por quê. Ele
disse, pedindo para não se identificar, que irá para "o contra-ataque" caso ache que a lista partiu
do Palácio das Indústrias.
Um outro parlamentar também
apontado na lista como beneficiário da mesada avaliou que a lista
"deve ter partido do Executivo".
Segundo esse parlamentar, que
pediu para não ser identificado,
ao divulgar o nome de vereadores
de vários partidos, a intenção foi
pressioná-los a rejeitar o pedido
de impeachment apresentado pela OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil).
Esse vereador afirmou que o ""tiro pode sair pela culatra" caso haja comprovação de que a lista saiu
do grupo de Pitta.
De acordo com ele, a Câmara
deveria aprovar a comissão processante para mostrar que nada
deve.
Há também quem acredite que
o episódio da lista terá como principal alvo o secretário do Governo, Carlos Augusto Meinberg.
Um outro vereador citado disse
que o prefeito, na hipótese de a lista ter partido do Executivo, deve
ter sido aconselhado por alguém a
soltar a lista. Com isso, avalia, colocaria ""a cabeça de Meinberg a
prêmio".
A maioria dos vereadores citados na lista da mesada sempre votou de acordo com os interesses
do prefeito Celso Pitta.
A exceção foi a aprovação da
CPI da máfia da propina, que
apurou denúncias de irregularidades na administração municipal, em março do ano passado.
Mas essa aprovação só aconteceu
depois da pressão popular, uma
vez que na primeira votação a
matéria foi rejeitada.
A oposição, também atingida
pela divulgação da lista, tenta entender o que está acontecendo.
Uma nota divulgada ontem pela
bancada do PT e pela Executiva
Municipal do partido afirma que
"há quase dez dias os vereadores
do PT, e de outros partidos de
oposição, (...) já tinham denunciado que existia uma estratégia
em curso com o objetivo de tentar
colocar em pé de igualdade os
acusados de participar da máfia
da propina e aqueles que têm lutado para investigá-la".
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