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São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2003

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Mais 3 auditores e 1 fiscal são indiciados

DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal indiciou ontem mais um fiscal e três auditores pelos supostos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e manutenção de conta no exterior sem comunicação à Receita Federal. Agora são dez o número de indiciados por esses crimes no inquérito aberto para apurar o escândalo das contas na Suíça. Eles são de ter depósitos ilegais naquele país que somariam pelo menos US$ 33,4 milhões.
Já estão indiciados os fiscais Rodrigo Silveirinha Corrêa, Carlos Eduardo Pereira Ramos, Rômulo Gonçalves, Lúcio Manoel dos Santos Picanço e Júlio César Nogueira, além dos auditores Axel Ripoll Hamer, Amaury Franklin Nogueira Filho, Sérgio Jacome de Lucena, Hélio Lucena Ramos da Silva e Marcos Antônio Bonfim da Silva. Seis deles se recusaram a depor e só falarão em juízo.
A Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal, realizou ontem um arrolamento dos bens de 16 pessoas incluídas nessa investigação.
Com a ajuda da Polícia Federal, oficiais de Justiça estiveram nas casas dos suspeitos, entre os quais a de Silveirinha, ex-subsecretário de Administração Tributária na gestão de Anthony Garotinho (PSB, 1999 a abril de 2002).
Das 16 pessoas, quatro fiscais e quatro auditores tiveram bens sequestrados por decisão do juiz Lafredo Lisboa, 3ª Vara Federal Criminal no Rio, em 15 de janeiro. No fim da tarde, Lisboa determinou o bloqueio dos bens dos oito restantes.
O advogado de cinco fiscais e três auditores, Clóvis Sahione, afirmou que o arrolamento dos bens é uma medida complementar nos casos de sequestro de bens, mas reclamou da forma como ela foi conduzida. Segundo Sahione, alguns de seus clientes não estavam em casa e foram avisados pelos empregados da chegada dos oficiais de Justiça.
O advogado criticou o vazamento das informações contidas na carta rogatória enviada pelo Ministério Público suíço à Justiça brasileira. Nessa carta, os procuradores suíços informam que os fiscais abriram contas no país, assinaram formulários e deram procuração para seus beneficiários.


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