São Paulo, terça-feira, 04 de abril de 2006

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Bastos não se envolveu com violação, diz Jobim

DE BUENOS AIRES

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim descartou ontem um "envolvimento ativo" do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no episódio da quebra de sigilo do caseiro da "casa do lobby".
Segundo Jobim, a saída de Antonio Palocci da Fazenda "resolve o problema". Questionado se defendia a investigação de Thomaz Bastos, respondeu: "Todo mundo está sujeito à investigação. Mas esse assunto, em termos de crise política, desaparece pelo fato do Palocci ter saído. Porque a tentativa não é a de buscar a justiça, é um problema político".
Jobim também refutou a tese de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenham de responder pela quebra de sigilo. "Não creio. Isso é um discurso que visa as eleições. A esperança era que se mudasse o patamar da disputa."
Jobim renunciou ao cargo de presidente do Supremo na semana passada para voltar à carreira política, mas evitou definir a que cargo concorrerá: "Não tenho nenhuma perspectiva. Estou naquele negócio do Zeca Pagodinho: "deixa a vida me levar'".

Viagens
Em Buenos Aires para participar de um seminário sobre o Mercosul, Jobim disse não "se preocupar" com as críticas sobre suas viagens, reveladas pela Folha. "As viagens no sistema do tribunal independem do fato dos convites. São coisas autônomas. Há resoluções nesse sentido e eu não me preocupo com isso [as críticas dos especialistas]. Tenho outras coisas para fazer."
(FLÁVIA MARREIRO)


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