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Kassab já fala em "aliança eterna" com PSDB
De olho no apoio dos tucanos à sua reeleição, prefeito paulistano defende que partidos estejam juntos na disputa de 2008
Tucanos, porém, cogitam lançar o nome de Alckmin, principalmente depois que pesquisa Datafolha mostrou avaliação ruim da prefeitura
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sonhando com o apoio dos
tucanos à sua reeleição, o prefeito de São Paulo, Gilberto
Kassab, declarou-se "definitivamente ligado ao PSDB" ao
participar de um seminário organizado pelo diretório municipal do partido na noite da última segunda-feira.
"Vou lutar para que essa
aliança seja eterna", afirmou.
No discurso de abertura do
seminário, Kassab frisou que o
paulistano elegeu uma administração do PSDB em aliança
com os hoje Democratas, novo
nome do PFL.
"Tenho uma missão. A cidade escolheu um plano de governo, uma aliança. Vamos mostrar que a cidade não errou",
disse Kassab, afirmando ter um
compromisso com a cidade,
com o PSDB e os Democratas.
Dizendo que tem orgulho de
conviver com os tucanos e com
o governador José Serra, Kassab apostou na continuidade da
aliança entre PSDB e Democratas no município, qualquer que
seja o partido que encabece a
chapa em 2008.
Segundo ele, a aliança existiu
com o ex-governador Geraldo
Alckmin e com Serra. "E continuará existindo na cidade de
São Paulo", afirmou.
Sem citar explicitamente a
eleição de 2010, Kassab enfatizou ainda a importância dessa
aliança no cenário nacional, ao
classificá-la como "uma referência no Brasil".
O prefeito participou do seminário -aberto pelo secretário municipal Andrea Matarazzo (Coordenação de Subprefeituras)- a convite do presidente
municipal do PSDB, Tião Farias. A palestra de Matarazzo
foi a primeira de uma série a ser
apresentada pelos secretários
municipais ao PSDB.
Nela, Matarazzo fez uma
prestação de contas das ações
da prefeitura, do programa Cidade Limpa à iluminação pública. Homem de confiança de
Serra, Matarazzo é cogitado para ser vice de Kassab, caso o
PSDB seja convencido a abrir
mão de lançar um candidato
próprio no ano que vem.
A hipótese de o PSDB aderir à
candidatura de Kassab é hoje
tida como remota, especialmente depois da divulgação da
pesquisa Datafolha segundo a
qual sua administração é considerada ruim ou péssima por
42% dos paulistanos.
Os números do Datafolha alimentaram nos tucanos a intenção de lançar Alckmin à prefeitura em 2008. É por isso que
Kassab trabalha para conquistar o apoio dos aliados.
Além de Matarazzo, o secretário municipal de Esporte,
Walter Feldman, também participará do seminário organizado pelo PSDB.
A presença de secretários
municipais em eventos do partido e o compromisso de manutenção do modelo administrativo do PSDB não são os únicos
gestos de Kassab. A idéia de
participar do seminário nasceu, por exemplo, há duas semanas num almoço oferecido
por Kassab à bancada do PSDB
na Câmara Municipal.
"É a quarta vez que assisto a
essa palestra", brincou o líder
do governo na Câmara Municipal, o tucano José Police Neto,
numa referência ao balanço
apresentado por Matarazzo.
Apesar dos esforços, tucanos
duvidavam ontem que Kassab
venha a ser escolhido vice caso
Alckmin decida mesmo disputar a prefeitura no ano que vem.
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