São Paulo, sexta-feira, 04 de maio de 2001

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SENADO EM CRISE

"Acho que fiz um bem, não um mal"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) contradisse dois pontos de seu depoimento anterior na acareação de ontem.
Antes de qualquer pergunta sobre eventual advertência à ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges pela violação do painel, ACM retificou o que dissera no dia 29 de abril, em depoimento ao Conselho de Ética. Naquela ocasião, disse que "admoestou" Regina pela violação do painel. Ontem, ACM disse que a advertência foi feita por outro problema.
Sobre a conversa com o senador José Roberto Arruda (sem partido-DF), que pela primeira vez admitiu ter ocorrido, ACM reiterou que não lhe deu ordem ou incumbência para falar em seu nome com Regina Borges. "Lamento dizer que realmente não dei autorização ao senador Arruda ou a qualquer outra pessoa para falar em meu nome."
ACM rompeu as regras da acareação ao se dirigir diretamente a Regina. Interrompeu uma resposta dela para, dedo em riste, pedir que ela confirmasse que não recebeu pedido pessoal dele para extrair a lista com os votos da cassação do ex-senador Luiz Estevão. Em outro momento, interrompeu um aparte do senador Pedro Simon (PMDB-RS) para, com a mão espalmada, dizer: "O senhor não pode falar agora."
Ele disse que agiu corretamente ao não revelar a violação do sigilo, para não provocar a anulação da cassação nem macular a imagem do Senado. "Assumi a responsabilidade. Acho que fiz um bem, não um mal." (VERA MAGALHÃES)


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