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SENADO EM CRISE
"Acho que fiz um bem, não um mal"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) contradisse
dois pontos de seu depoimento
anterior na acareação de ontem.
Antes de qualquer pergunta sobre eventual advertência à ex-diretora do Prodasen Regina Célia
Borges pela violação do painel,
ACM retificou o que dissera no
dia 29 de abril, em depoimento ao
Conselho de Ética. Naquela ocasião, disse que "admoestou" Regina pela violação do painel. Ontem, ACM disse que a advertência
foi feita por outro problema.
Sobre a conversa com o senador
José Roberto Arruda (sem partido-DF), que pela primeira vez admitiu ter ocorrido, ACM reiterou
que não lhe deu ordem ou incumbência para falar em seu nome
com Regina Borges. "Lamento dizer que realmente não dei autorização ao senador Arruda ou a
qualquer outra pessoa para falar
em meu nome."
ACM rompeu as regras da acareação ao se dirigir diretamente a
Regina. Interrompeu uma resposta dela para, dedo em riste, pedir que ela confirmasse que não
recebeu pedido pessoal dele para
extrair a lista com os votos da cassação do ex-senador Luiz Estevão. Em outro momento, interrompeu um aparte do senador
Pedro Simon (PMDB-RS) para,
com a mão espalmada, dizer: "O
senhor não pode falar agora."
Ele disse que agiu corretamente
ao não revelar a violação do sigilo,
para não provocar a anulação da
cassação nem macular a imagem
do Senado. "Assumi a responsabilidade. Acho que fiz um bem,
não um mal."
(VERA MAGALHÃES)
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