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Países cobram ajuda dos ricos
DO ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
Se os governos de países ricos
como os Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Holanda querem acabar com a miséria, como
disseram no encontro de Berlim,
então por que não diminuem as
barreiras para importação de produtos de países pobres?
Essa foi uma das questões centrais das conversas em Berlim, segundo a Folha apurou. Os presidentes dos países latino-americanos (Brasil, Argentina e Chile),
além da África do Sul, cobraram
menos discursos e mais medidas
concretas por parte dos presidentes das nações ricas.
"Não pedimos nada, não pedimos ajuda, o que pedimos é liberdade de mercados, poder comercial", disse à Folha o presidente da
Argentina, Fernando de la Rúa.
O presidente argentino achou
que houve avanço prático na reunião.
"Encontramos espaço para incorporar no documento final nossas demandas por mercados mais
livres e mais abertos, onde haja
modernidade com mais justiça
social, num mundo mais equilibrado."
Para o presidente do Chile, Ricardo Lagos, os países em desenvolvimento conseguiram um importante compromisso no encontro dos governos de centro-esquerda.
"Foi uma oportunidade única
para debatermos esse assunto",
disse à Folha Ricardo Lagos.
"Estavam aqui seis presidentes
dos sete países mais ricos do
mundo. O presidente Bill Clinton
(dos EUA) e os de outros países ricos se comprometeram a tratar
concretamente desse tema na
próxima reunião do G-8, no Japão", completou o presidente chileno.
(RG)
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