São Paulo, domingo, 04 de junho de 2000


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Países cobram ajuda dos ricos


DO ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

Se os governos de países ricos como os Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Holanda querem acabar com a miséria, como disseram no encontro de Berlim, então por que não diminuem as barreiras para importação de produtos de países pobres?
Essa foi uma das questões centrais das conversas em Berlim, segundo a Folha apurou. Os presidentes dos países latino-americanos (Brasil, Argentina e Chile), além da África do Sul, cobraram menos discursos e mais medidas concretas por parte dos presidentes das nações ricas.
"Não pedimos nada, não pedimos ajuda, o que pedimos é liberdade de mercados, poder comercial", disse à Folha o presidente da Argentina, Fernando de la Rúa.
O presidente argentino achou que houve avanço prático na reunião.
"Encontramos espaço para incorporar no documento final nossas demandas por mercados mais livres e mais abertos, onde haja modernidade com mais justiça social, num mundo mais equilibrado."
Para o presidente do Chile, Ricardo Lagos, os países em desenvolvimento conseguiram um importante compromisso no encontro dos governos de centro-esquerda.
"Foi uma oportunidade única para debatermos esse assunto", disse à Folha Ricardo Lagos.
"Estavam aqui seis presidentes dos sete países mais ricos do mundo. O presidente Bill Clinton (dos EUA) e os de outros países ricos se comprometeram a tratar concretamente desse tema na próxima reunião do G-8, no Japão", completou o presidente chileno. (RG)

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