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Liberal, PFL resolve punir rebeldes
que ajudaram o governo em votação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Além de usar as mesmas táticas
que o PT usava quando era oposição para desgastar governos, o
PFL resolveu adotar atitudes similares na condução de questões
internas. O partido decidiu punir
dois dissidentes que votaram contra o relatório da sigla que propôs
R$ 275 para o salário mínimo.
Enquanto isso, o PT, que tem
como pilar a "unidade de ação",
está relevando a rebeldia de dez
deputados na mesma votação.
Entre os 63 deputados do PFL,
Cleuber Carneiro (MG) e Lael Varella (MG) foram contra o relatório do próprio partido, sete não
votaram e um se absteve. A Executiva Nacional da legenda, reunida ontem, resolveu puni-los.
"Vai ter punição, senão o partido não precisa fechar questão.
Eles feriram os interesses do partido, e isso não vai ficar sem registro", disse o líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA). A decisão da Executiva deverá sair em
15 dias. O mais provável é que os
dois rebeldes sejam advertidos.
"Eu sou deputado de cinco
mandatos no PFL, e o partido
sempre defendeu salário mínimo
baixo porque não tinha de onde
tirar. Não vou fazer demagogia
agora com o dinheiro do povo",
disse Varella. "Esse rigor e esse
purismo nunca foram a tônica do
PFL", afirmou Carneiro, que também disse representar as cidades
do norte de Minas e que essas prefeituras não poderiam arcar com
um reajuste maior do mínimo.
Os dois negaram ter recebido
do governo promessas de liberação de emendas parlamentares.
No dia da votação do mínimo, a
Presidência da República publicou decreto liberando R$ 200 milhões para emendas.
(FK)
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