São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2007

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Em três anos, Lula quer quadruplicar negócio com a Índia

Acordos serão nas áreas de produção audiovisual, tecnologia e alfândega; os dois comercializaram US$ 2,5 bi no ano passado

Para o petista, desafio será convencer os empresários indianos e brasileiros de que a distância não é impeditiva para as relações comerciais

Lula Marques/Folha Imagem
O presidente Lula é recebido pelo ministro das Relações Exteriores da Índia, Anand Sharma, ao chegar em Nova Déli


KENNEDY ALENCAR
ENVIADO ESPECIAL A NOVA DÉLI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que "não é uma meta difícil de ser alcançada" a de tentar quadruplicar o comércio entre Brasil e Índia até 2010. Os dois países comercializaram cerca de US$ 2,5 bilhões no ano passado.
"Se levarmos em conta o tamanho da Índia e do Brasil, não é uma meta difícil de ser alcançada", disse Lula. Segundo ele, será preciso despertar "nos empresários indianos e, sobretudo, nos empresários brasileiros, a idéia de que a distância não pode ser um problema entre Brasil e Índia".
Na visita que começa oficialmente hoje, Lula assinará três acordos: uso de imagens de satélite indiano, assistência mútua em matéria aduaneira (discussão de regras e tarifas dos produtos comercializados entre os dois países) e parcerias entre os órgãos que financiam produção audiovisual.
Também serão feitos três convênios. O primeiro é sobre intercâmbio de professores e alunos de pós-graduação. O segundo prevê troca de informações e trabalhos entre o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), do Brasil, e a instituição similar na Índia. Por último, a formalização da parceria entre a Petrobras e a estatal indiana de Petróleo.
Brasil e Índia tratam de estabelecer uma aliança na área de combustíveis. A Petrobras e a ONGC, maior petrolífera estatal indiana, fecharam parceria para exploração de óleo nos seus dois territórios e também em outros países.
A companhia indiana já participa de empreendimento da Petrobras e da Shell na bacia de Campos (RJ). Em conjunto com a empresa indiana, a estatal brasileira disputará áreas de prospecção que serão leiloadas neste ano na Índia.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) se reuniu ontem com a entidade similar da Índia. Hoje, será formalizada a criação de um fórum permanente de empresários brasileiros e indianos. Amanhã, Lula receberá pesos-pesados da Índia interessados no Brasil.
Para contribuir para fechar a aliança com a Índia para o encontro do G8, Lula prometeria em jantar ontem à noite com o primeiro-ministro, Manmohan Singh, a aprovação neste ano no Congresso do acordo que dá preferência a produtos indianos no Mercosul.


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