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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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PAINEL

Não, obrigado
A bancada ruralista -formada por cerca de 150 deputados- recusou ontem convite de Lula para um almoço na semana que vem. Contrariados com a postura do presidente em encontro com o MST, os líderes do setor na Câmara disseram que não é o momento oportuno.

Amenizar o clima
Preocupado com a repercussão do seu encontro com o MST, Lula fez o convite à bancada ontem de manhã, ao se encontrar com Nelson Marquezelli (PTB). O almoço seria na casa de João Paulo (Câmara). À tarde, Waldemir Moka (PMDB) e Ronaldo Caiado (PFL) deram a resposta.

Direitos iguais
Apesar de também estarem contrariados com Lula, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e outras entidades ruralistas protocolarão na próxima segunda-feira no Planalto um pedido de audiência com o presidente. Resta saber se o petista irá usar o chapéu da UDR.

Acabou a campanha
Do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), sobre Lula ter usado o boné do MST anteontem: "O boné cabia na cabeça de Lula. Mas não cabe na cabeça do presidente da República".

Restringir a informação
A presidência do Senado proibiu a entrada de assessores, jornalistas e convidados na sala de café dos parlamentares. Muitos senadores já procuraram José Sarney para protestar.

Aeroporto lotado
O Senado definiu na terça-feira que apenas os funcionários que assinarem o livro de ponto receberão a verba extra da convocação de julho. Muitos assessores que ficam nos escritórios dos senadores nos Estados voaram às pressas para Brasília.

Tempo fechado
O PT-BA começou a coletar assinaturas para que o aeroporto de Salvador, hoje denominado Luís Eduardo Magalhães, volte a se chamar Dois de Julho.

Corroer a imagem
O Planalto tem incentivado aliados a assinar o pedido de CPI da Anatel. Argumenta que a agência defende as empresas de telefonia, mas ignora os consumidores. Se a versão colar na opinião pública, acha que terá obtido respaldo para mudar as regras de atuação da Anatel.

Bola murcha
A derrota na Libertadores abateu a "bancada santista" do PT. Aloizio Mercadante, que assistiu ao jogo com o Boca Juniors em SP, nem voltou para o DF. Os falantes Suplicy e Professor Luizinho passaram o dia amuados.

Propaganda ou serviço?
César Borges (PFL) apresentou pedido de informações a Ricardo Berzoini sobre o uso de verba pública em propagandas da reforma da Previdência. Apesar de a Justiça vetar publicidade oficial sobre o tema, a União distribui a cartilha "Mudar a Previdência: Questão de Justiça".

Ficção e realidade
A duplicação de trecho da BR-101, prometida há anos, virou tema de redação em vestibular de SC. Os candidatos tiveram de redigir carta às autoridades sobre a urgência da obra.

Público alvo
Maria Helena de Castro, presidente do Conselho de Segurança Alimentar de São Paulo, promoverá pesquisa para descobrir o perfil das pessoas que frequentam os restaurantes populares do Estado (de R$ 1).

Visita à Folha
Os deputados estaduais Edson Aparecido, presidente do PSDB-SP, Vaz de Lima, líder da bancada do PSDB, João Caramez (PSDB), presidente da Comissão de Administração Pública, Célia Leão (PSDB), presidente da Comissão de Assuntos Internacionais e da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia, e Luiz Gonzaga Vieira (PSDB), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, visitaram ontem a Folha. Estavam acompanhados dos assessores Émerson Figueiredo e Paulo Enrico.

TIROTEIO

De Arthur Virgílio (PSDB), sobre a suspensão de Heloísa Helena da bancada do PT:
-Heloísa foi punida por pensar como o Lula de onze meses atrás. O discurso dela é o mesmo que elegeu Antonio Palocci e José Dirceu.

CONTRAPONTO

Tom político

O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), recebeu ontem em seu gabinete o deputado federal João Herrmann (SP), seu colega de partido.
Às 14h, quando os dois discutiam a situação do governo Lula e as reformas constitucionais, tocou o cuco de um relógio de parede da sala do governador.
O som reproduzia o canto de um quero-quero.
O governador explicou ao deputado que, a cada hora, o relógio trazia o som de um pássaro diferente.
Rindo, João Herrmann aproveitou a deixa para provocar o amigo:
-Mas não tem nenhum tucano nesse seu relógio, não é governador?
Maggi não perdeu o rebolado:
-O canto do tucano soaria pontualmente às 16h. Mas mandei emudecê-lo. Na minha sala, meu caro, tucano não toca de jeito nenhum...


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