DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O dono de uma fazenda no município de Uniflor (480 km a noroeste de Curitiba) afirmou que um grupo de 30 pessoas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram sua propriedade na terça-feira passada.
O MST nega a invasão, mas diz que nesse dia montou um acampamento com 150 famílias a 300 metros da fazenda.
Se confirmada, essa será a 28ª invasão de terra ocorrida no Paraná neste ano.
Carlos Granzotto, o dono da fazenda Pitanga, de 1.200 hectares, disse que vai pedir na Justiça a reintegração de posse da propriedade, onde, de acordo com ele, há criação de gado e plantações de milho e soja.
Segundo Francisco Strozak, da coordenação do MST no Paraná, os sem-terra não estão interessados em entrar na área.
Ele disse que o acampamento, onde estão sem-terra de municípios da região, foi montado porque o "ponto é bom".
"O acampamento é para mostrar o problema que está aí: a falta de terra [para a reforma agrária]", afirmou Strozak.
A direção da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) divulgou uma nota condenando a ação do MST. Para a Faep, houve invasão com a entrada das 30 pessoas no imóvel.
"A região [noroeste] vive momento de tensão diante da ofensiva do MST, que continua arregimentando pessoas para aumentar o número de invasores. Os sem-terra entraram na propriedade por uma área de reserva de matas, demonstrando total afronta à legislação ambiental, com o corte de árvores para construção de barracos", diz a nota.
(DIMITRI DO VALLE)


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