da Sucursal de Brasília

O ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito, anunciou ontem que espera iniciar o processo de privatização do setor elétrico em três meses. Segundo ele, a conclusão da venda da estatais de energia deverá estar concluída em cerca de quatro ou cinco anos.
"Espero que o Brasil não demore os cinco anos que a Argentina gastou", disse Brito. "Vamos com pressa, mas sem precipitação", completou o ministro.
O primeiro passo para a privatização e desregulamentação geral do setor elétrico é a constituição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a criação do Operador Independente do Sistema (OIS), que vai coordenar a utilização dos recursos energéticos no país.
Brito apresentou o projeto de reestruturação do setor elétrico preparado pela empresa de consultoria Coopers & Lybrand, contratada por quase R$ 8 milhões com financiamento do Banco Mundial (Bird).
A implantação do novo sistema operacional de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no país será gradual.
A proposta da consultoria prevê a desregulamentação total dos contratos de fornecimento de energia em até 15 anos.
O secretário de Energia do Ministério, Peter Greiner, disse que este é um dos pontos "negociáveis" da proposta da Coopers & Lybrand.
"Em dois ou três meses esperamos produzir um acordo entre os grandes interessados e depois partir para a implantação do novo modelo", afirmou Greiner.
Entre os pontos "inegociáveis", segundo o secretário, está a proibição de que empresas distribuidoras de energia sejam também geradoras da totalidade da energia elétrica que venderem.



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