São Paulo, Domingo, 04 de Julho de 1999
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CONGRESSO
Senador também prevê estudo de lei sobre gastos públicos
Reformas são a prioridade do segundo semestre, afirma ACM

da Agência Folha, em Salvador
Em sua primeira participação em uma solenidade festiva depois da morte do filho Luís Eduardo Magalhães, em abril de 98, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) disse na sexta-feira que as reformas política, tributária e judiciária serão as prioridades do Congresso neste segundo semestre.
Depois de participar do desfile comemorativo à expulsão das tropas portuguesas que resistiram à independência do Brasil (a expulsão definitiva aconteceu na Bahia, no dia 2 de julho de 1823), ACM acrescentou que o debate sobre as reformas "faz parte de um acordo assumido entre os principais líderes políticos do país".
"Nós também vamos discutir a lei de responsabilidade fiscal", ressaltou o presidente do Congresso.
Antonio Carlos Magalhães disse ainda que não está "completamente satisfeito" com os resultados do Plano Real, que anteontem comemorou cinco anos de implantação.
"Completamente satisfeito ninguém fica, pois existe uma camada que ainda está sofrendo. Mas o Plano Real, até mesmo nas pesquisas, demonstra que tem uma grande aceitação popular. Acredito ainda que, a partir de agora, a oferta de empregos vai aumentar."
Ao lado do governador César Borges (PFL) e do prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL),ACM também voltou a considerar como "normal" a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que rejeitou os agravos regimentais do Senado para a revogação das liminares concedidas pelo órgão que suspenderam a quebra de sigilo bancário de algumas pessoas investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bancos.
"Os agravos já eram esperados, já que o Supremo Tribunal Federal tem por tradição não aceitá-los."
Apesar da decisão, Antonio Carlos Magalhães acredita que os investigados pela CPI dos Bancos terão seus sigilos quebrados, além da indisponibilidade de bens.
"Com os novos argumentos do Senado, acho que a decisão tomada pelo STF será modificada", afirmou o presidente do Congresso.


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