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Índios são transferidos 6 vezes em 10 anos
da Agência Folha
Por problemas de desapropriações, o grupo indígena ofaié xavante já foi transferido seis vezes
nos últimos dez anos.
Há quatro meses, as 14 famílias
ofaiés, pouco menos de 50 pessoas, e mais nove índios caiuás
agregados ao grupo foram reassentados pela Cesp numa área de
484 hectares.
A aldeia onde moravam, na barranca do Paraná, ficará inundada
em 98 pelo lago da hidrelétrica
Porto Primavera.
Luzinete de Moraes, 26, branca,
casada com o ofaié Severino, 30,
disse que a proximidade com Brasilândia, a apenas 7 km, propiciou
o aumento de casos de alcoolismo
na aldeia.
A mulher de Ataíde, Zenaide Benita, 30, relatou que os índios
"compram pinga, bebem muito".
Segundo Luzinete, eles trabalham em plantações de café e brachiaria (capim).
Além de construir 15 casas, posto
de saúde, escola, caixa d'água e
centro comunitário, a Cesp comprometeu-se a doar cestas básicas
aos índios por dois anos. A escola,
com professora da prefeitura de
Brasilândia (MS), atende 12 alunos
de 7 a 18 anos e 13 adultos.
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