São Paulo, segunda, 4 de agosto de 1997.



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Índios são transferidos 6 vezes em 10 anos

da Agência Folha

Por problemas de desapropriações, o grupo indígena ofaié xavante já foi transferido seis vezes nos últimos dez anos.
Há quatro meses, as 14 famílias ofaiés, pouco menos de 50 pessoas, e mais nove índios caiuás agregados ao grupo foram reassentados pela Cesp numa área de 484 hectares.
A aldeia onde moravam, na barranca do Paraná, ficará inundada em 98 pelo lago da hidrelétrica Porto Primavera.
Luzinete de Moraes, 26, branca, casada com o ofaié Severino, 30, disse que a proximidade com Brasilândia, a apenas 7 km, propiciou o aumento de casos de alcoolismo na aldeia.
A mulher de Ataíde, Zenaide Benita, 30, relatou que os índios "compram pinga, bebem muito".
Segundo Luzinete, eles trabalham em plantações de café e brachiaria (capim).
Além de construir 15 casas, posto de saúde, escola, caixa d'água e centro comunitário, a Cesp comprometeu-se a doar cestas básicas aos índios por dois anos. A escola, com professora da prefeitura de Brasilândia (MS), atende 12 alunos de 7 a 18 anos e 13 adultos.



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