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ELEIÇÕES 2004/CAMPANHA
Em evento no Instituto de Engenharia, candidato tucano disse que PT está "aflito"
Para Serra, há furor no uso da máquina pela prefeitura
RICARDO BRANDT
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato a prefeito de São
Paulo José Serra (PSDB) disse ontem que "há um furor no uso da
máquina como nunca houve" em
São Paulo, ao comentar a decisão
da Justiça de suspender as visitações de alunos aos CEUs (Centros
Educacionais Unificados).
Segundo Serra, o PT está bastante aflito. "Espero que não
dêem curso a essas baixarias",
afirmou, em referência aos ataques petistas ao PSDB.
O candidato participou ontem
de um ciclo de debates promovido pelo Instituto de Engenharia
de São Paulo. Além dele, já participaram do evento a prefeita Marta Suplicy (PT) e o ex-prefeito
Paulo Maluf (PP), também candidatos. O maior número de pessoas, porém, foi registrado ontem
-cerca de 350 convidados.
Durante as respostas aos presidentes de entidades da construção e imobiliárias, Serra falou como prefeito eleito. "Vamos fazer
um grupo de trabalho depois da
eleição. Depois da eleição. Portanto, antes da posse", afirmou Serra
ao responder ao presidente do
Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado
de São Paulo), João Cláudio Robusti, sobre as propostas para facilitar os investimentos na cidade.
Aos jornalistas, Serra evitou ataques diretos à prefeita Marta, com
quem divide a liderança, de acordo com as últimas pesquisas, mas
colocou dois vereadores do partido para responder às críticas.
Segundo o vereador e candidato
Dalton Silvano, Marta e o PT
mentiram ao afirmar que a bancada do PSDB foi contra a implantação dos CEUs, do Bilhete
Único e dos uniformes escolares.
"Primeiro que não votamos nem
os CEUs nem o Bilhete Único. Foram decisões do Executivo. Isso é
desespero do PT, que está ruim na
pesquisa e parte para a agressão",
disse Silvano.
O vereador Gilberto Natalini,
também candidato, afirmou que,
no caso dos uniformes, a proposta foi de um parlamentar, e que o
PSDB ajudou a aprovar.
Serra também atacou o problema do trânsito. "É preciso acabar
com a onda vermelha e fazer começar a onda verde", brincou
Serra, ao comentar a necessidade
de implantar um sistema inteligente que otimize o trânsito.
Serra voltou a criticar o crescimento do déficit público em São
Paulo, que, segundo ele, deve chegar a R$ 1 bilhão neste ano.
"O PSDB não dirige a cidade
desde a época em que Mário Covas foi prefeito [1983-85]. A explosão da dívida começou na gestão de [Luiza] Erundina [candidata pelo PSB], continuou com
Maluf e Pitta e, agora, com Marta.
Na verdade, a dívida foi feita na
gestão deles, e não na do PSDB."
Segundo ele, todos os municípios têm relação com o governo
federal e muitos deles renegociaram a sua dívida. "A única que está em situação difícil é São Paulo."
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