São Paulo, sábado, 04 de setembro de 2004

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BELO HORIZONTE

Apesar de ataques, Fernando Pimentel mantém tom paz e amor na campanha coordenada por Duda

Líder nas pesquisas, petista é acusado de "empreguismo"

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A vantagem do prefeito Fernando Pimentel (PT) na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte -que sinaliza que a eleição pode ser decidida no primeiro turno, segundo as pesquisas- fez com que os adversários do petista elevassem o tom das críticas, centradas em dois eixos principais: o suposto "empreguismo" e as deficiências do sistema de ciclos nas escolas municipais.
Mas nada disso altera a campanha "light" do PT, coordenada pelo publicitário Duda Mendonça. Os programas de Pimentel na TV e no rádio não respondem aos ataques e críticas. O prefeito procura mostrar o que vem fazendo e o máximo que se permite é propor algumas correções de rumo, como na educação.
O "empreguismo" é o alvo preferido do deputado estadual João Leite, candidato do PSB, que diz que o Executivo municipal tem "63 secretarias", sem identificá-las. "Vamos enxugar a máquina e acabar com esse cabide de emprego", diz ele nos seus programas no rádio e na TV. A Prefeitura de Belo Horizonte, na atual gestão, fez um rearranjo e dividiu a administração em 37 secretarias.
A prefeitura, no entanto, afirma que essa estrutura elevou em "menos de 1%" o número de pessoas em cargos comissionados, que é limitado pela lei orgânica do município. Seriam 1.298 cargos preenchidos, 79 a menos do que determina a lei. Alega ainda que 826 comissionados são funcionários concursados.
João Leite tenta crescer batendo nessa questão. Diz, por exemplo, que o "inchaço" tem o propósito de pôr "mais dinheiro no caixa do PT", por conta do "dízimo" que o partido cobra dos seus filiados.
O deputado federal Roberto Brant (PFL) também diz que "a prefeitura virou instrumento de empregos para militantes do PT". Mas é mais realista com os números. "Vou reduzir de 35 para 12 o número de secretarias."
Leite e Brant também criticam muito o sistema de ensino nas escolas públicas municipais, batizado pelo PT-BH de Escola Plural. Apesar da marca, o sistema, que permite que os alunos sejam avaliados ao final de cada ciclo.


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