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BELO HORIZONTE
Apesar de ataques, Fernando Pimentel mantém tom paz e amor na campanha coordenada por Duda
Líder nas pesquisas, petista é acusado de "empreguismo"
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A vantagem do prefeito Fernando Pimentel (PT) na disputa pela
Prefeitura de Belo Horizonte
-que sinaliza que a eleição pode
ser decidida no primeiro turno,
segundo as pesquisas- fez com
que os adversários do petista elevassem o tom das críticas, centradas em dois eixos principais: o suposto "empreguismo" e as deficiências do sistema de ciclos nas
escolas municipais.
Mas nada disso altera a campanha "light" do PT, coordenada
pelo publicitário Duda Mendonça. Os programas de Pimentel na
TV e no rádio não respondem aos
ataques e críticas. O prefeito procura mostrar o que vem fazendo e
o máximo que se permite é propor algumas correções de rumo,
como na educação.
O "empreguismo" é o alvo preferido do deputado estadual João
Leite, candidato do PSB, que diz
que o Executivo municipal tem
"63 secretarias", sem identificá-las. "Vamos enxugar a máquina e
acabar com esse cabide de emprego", diz ele nos seus programas
no rádio e na TV. A Prefeitura de
Belo Horizonte, na atual gestão,
fez um rearranjo e dividiu a administração em 37 secretarias.
A prefeitura, no entanto, afirma
que essa estrutura elevou em
"menos de 1%" o número de pessoas em cargos comissionados,
que é limitado pela lei orgânica do
município. Seriam 1.298 cargos
preenchidos, 79 a menos do que
determina a lei. Alega ainda que
826 comissionados são funcionários concursados.
João Leite tenta crescer batendo
nessa questão. Diz, por exemplo,
que o "inchaço" tem o propósito
de pôr "mais dinheiro no caixa do
PT", por conta do "dízimo" que o
partido cobra dos seus filiados.
O deputado federal Roberto
Brant (PFL) também diz que "a
prefeitura virou instrumento de
empregos para militantes do PT".
Mas é mais realista com os números. "Vou reduzir de 35 para 12 o
número de secretarias."
Leite e Brant também criticam
muito o sistema de ensino nas escolas públicas municipais, batizado pelo PT-BH de Escola Plural.
Apesar da marca, o sistema, que
permite que os alunos sejam avaliados ao final de cada ciclo.
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